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Às vésperas de ir a Pequim, Putin elogia o 'desejo genuíno' da China de resolver a guerra na Ucrânia

É a primeira viagem do presidente russo desde sua reeleição, em março

Agência O Globo - 15/05/2024
Às vésperas de ir a Pequim, Putin elogia o 'desejo genuíno' da China de resolver a guerra na Ucrânia
Vladimir Putin - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Vladimir Putin saudou o "desejo genuíno" de Pequim de ajudar a resolver a crise na Ucrânia. A afirmação do presidente russo foi feita numa entrevista à mídia estatal chinesa e publicada nesta quarta-feira, na véspera de sua visita de dois dias ao país.

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O líder russo chega amanhã a Pequim para se encontrar com o seu “querido amigo” e homólogo Xi Jinping, em busca de um maior apoio da China para a sua economia, focada no esforço de guerra na Ucrânia.

A viagem, que também o levará à cidade de Harbin, no Nordeste do país, é a primeira de Putin desde a sua reeleição, em março, e a segunda à China em apenas seis meses.

“Elogiamos os métodos da China para resolver a crise na Ucrânia”, disse Putin na entrevista ainda em Moscou.

“Pequim conhece bem as causas profundas e o significado geopolítico global” desta crise, disse Putin.

O presidente russo referiu-se especificamente ao documento de 12 pontos publicado pela China, em fevereiro de 2023, que estabelece posição para uma resolução política do conflito.

“As ideias e propostas contidas no documento demonstram o desejo genuíno dos nossos amigos chineses de ajudar a estabilizar a situação”, disse ele.

Rússia e China reivindicaram sua aliança “ilimitada” pouco antes do início da invasão da Ucrânia por Moscou, o que também levou a um crescimento das suas relações comerciais para níveis recordes.

Para Moscou, a China tem sido uma tábua de salvação econômica após as sanções impostas pelo Ocidente, em resposta à sua operação militar.

Por seu lado, a China tirou partido das importações de energia barata da Rússia e do acesso aos seus vastos recursos naturais.

Essa abordagem levanta suspeitas nos países ocidentais e levou os Estados Unidos a ameaçar com sanções os bancos e empresas estrangeiras que trabalham com a Rússia.