Internacional
Violência e assédio contra pessoas LGBTQ na Europa atingem um 'novo pico'
Agência apela para que UE fiscalize preconceito nos algoritmos e responsabilize plataformas digitais

A violência e o assédio contra pessoas LGBTQ na Europa atingiram um “novo pico” nos últimos anos, de acordo com pesquisa publicada pela agência de direitos humanos da União Europeia.
De acordo com a Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA), embora cada vez mais pessoas LGBTQ se sintam capazes de mostrar abertamente sua identidade, a discriminação que enfrentam "continua elevada" e sofrem "mais violência, assédio e intimidação" do que antes.
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A FRA interrogou mais de 100 mil pessoas LGBTQ de todos os 27 Estados-Membros da UE, bem como Albânia, Macedônia do Norte e Sérvia. A pesquisa revelou que 14% dos entrevistados sofreram uma agressão física ou sexual nos cinco anos anteriores à realização da pesquisa em 2023, com as pessoas intersexuais enfrentando a maior violência.
Isso representa um aumento de três pontos desde que a FRA realizou um levantamento semelhante, em 2019.
Os resultados são um “claro sinal de alarme”, embora “apresentem um paradoxo”, disse a diretora da FRA, Sirpa Rautio.
- Por um lado, as pessoas estão tornando-se mais abertas sobre sua orientação sexual e, por outro, o assédio quotidiano, o bullying nas escolas, os crimes de ódio e as taxas alarmantemente elevadas de violência contam uma história diferente - alertou.
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"A maioria (das pessoas LGBTQ) continua a evitar dar as mãos aos seus parceiros em público por medo de serem atacadas", descreve um comunicado que acompanha o relatório.
No entanto, a agência, com sede em Viena, destacou que a discriminação permanece invisível, com os incidentes subnotificados.
O bullying nas escolas piorou dramaticamente, já que mais de dois em cada três entrevistados afirmam terem sido vítimas de bullying, um aumento acentuado em comparação com um em cada dois em 2019.
Na Hungria, onde os direitos das pessoas LGBTQ foram questionados nos últimos anos, apenas 3% dos entrevistados afirmam que o seu governo "combate o preconceito e a intolerância" em relação a eles, a percentagem mais baixa no bloco, em comparação com uma média de 26% no UE.
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Para combater melhor as campanhas de ódio e desinformação em linha contra as pessoas LGBTQ, a FRA apelou aos Estados-Membros para que "abordem o risco de preconceito nos algoritmos e garantam a responsabilização das plataformas digitais ao abrigo da legislação da UE".
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