Internacional

Casa Branca diz que ação israelense em Gaza não é genocídio, mas que governo Netanyahu deve 'fazer mais' para proteção de civis

Em meio a negociações truncadas, conselheiro de Segurança Nacional afirmou ainda que responsabilidade pela paz recai sobre o Hamas

Agência O Globo - 13/05/2024
Casa Branca diz que ação israelense em Gaza não é genocídio, mas que governo Netanyahu deve 'fazer mais' para proteção de civis

O governo dos Estados Unidos não acredita que esteja ocorrendo genocídio em Gaza, mas afirma que Israel deve fazer mais para proteger os civis palestinos, disse o principal conselheiro de Segurança Nacional do presidente Joe Biden nesta segunda-feira. Enquanto as negociações de cessar-fogo empacam e Israel continua atacando a cidade de Rafah, Jake Sullivan insistiu que a responsabilidade pela paz recai sobre o grupo terrorista Hamas.

— Acreditamos que Israel pode e deve fazer mais para garantir a proteção e o bem-estar dos civis inocentes. Não acreditamos que o que está acontecendo em Gaza seja um genocídio — disse Sullivan em uma coletiva de imprensa.

Os EUA estavam "usando o termo internacionalmente aceito para genocídio, que inclui um foco na intenção" para chegar a essa avaliação, acrescentou Sullivan. Ele também disse que Biden quer ver o Hamas derrotado, mas percebe que os civis palestinos estão em um "inferno".

Segundo Sullivan, o presidente dos EUA acredita que qualquer operação em Rafah "precisa estar conectada a um final estratégico que também responda à pergunta 'o que vem depois?'". Isso evitaria que Israel "se enredasse em uma campanha de contrainsurgência que nunca termina e, por fim, mina a força e a vitalidade de Israel".

Biden foi criticado pelos republicanos por interromper alguns envios de armas para pressionar suas demandas de que Israel evite uma ofensiva em Rafah, enquanto houve protestos em universidades dos EUA contra seu apoio a Israel.

*Em atualização.