Internacional
Nasa divulga imagem de explosão solar que coloriu o céu com auroras boreais ao redor do mundo
Tempestade geomagnética mais 'extrema' em 20 anos: a gigantesca mancha escura na superfície do sol, nomeada AR3664, cresceu nos últimos dias, tornando-se uma das maiores e mais ativas manchas solares vistas neste ciclo solar
A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, divulgou neste sábado as primeiras imagens do Sol no momento em que ocorreram as erupções solares responsáveis pelas espetaculares auroras polares visíveis no norte da Europa e no sul do Chile e da Argentina.
As erupções solares são explosões na superfície do sol que emitem intensas rajadas de radiação eletromagnética. Foram elas as responsáveis pela mais poderosa tempestade solar que atingiu a Terra em mais de duas décadas.
A gigantesca mancha escura na superfície do sol, nomeada AR3664, cresceu nos últimos dias, tornando-se uma das maiores e mais ativas manchas solares vistas neste ciclo solar. O fenômeno atraiu atenção dos cientistas ao longo da semana, após o Centro de Previsão do Tempo Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) emitir um aviso de aumento do risco de erupções.
As erupções solares são explosões na superfície do sol que emitem intensas rajadas de radiação eletromagnética. Elas são categorizadas por tamanho em grupos com letras, sendo a classe X a mais poderosa. Em seguida, existem as erupções da classe M, que são 10 vezes menos poderosas do que as da classe X, seguidas pelas erupções da classe C, que são 10 vezes mais fracas do que as da classe M, e assim por diante.
Apagões de rádio
Ao contrário das erupções solares, que viajam à velocidade da luz e chegam à Terra em oito minutos, essas ejeções se movem a uma velocidade mais lenta, de 800 km por segundo. Os campos magnéticos associados às tempestades geomagnéticas induzem correntes em condutores longos, incluindo cabos de energia, o que pode causar apagões.
As poderosas erupções solares observadas nesta semana causaram apagões de rádio de ondas curtas em toda a Europa e África. Também podem ocorrer impactos na comunicação por rádio de alta frequência, GPS, em naves espaciais e satélites. Esse fenômeno pode afetar até mesmo pombos e outras espécies que possuem bússolas biológicas internas.
Elon Musk, cuja operadora de internet via satélite Starlink possui cerca de 5.000 satélites em órbita terrestre baixa, descreveu a tempestade solar como a "maior em muito tempo"."Os satélites Starlink estão sob muita pressão, mas estão aguentando até o momento", afirmou Musk nas redes sociais.
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