Internacional
Vladimir Putin assume 5º mandato como presidente da Rússia e promete 'vitória' em apelo patriótico
Oposição marcou posse do presidente com críticas e acusações de perseguição
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assumiu seu 5º mandato como chefe do Executivo russo, nesta terça-feira, em uma cerimônia de posse realizada no Kremlin. Com um discurso marcado por teor nacionalista, Putin prometeu "vitória" aos compatriotas, em meio ao período "difícil" que o país enfrenta atualmente.
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Putin foi reeleito em março, com 87% dos votos, em um pleito amplamente questionado pelo Ocidente, por não garantir a participação dos principais nomes da oposição, além de outras medidas que minaram a concorrência. Apesar disso, o líder russo conquistou dez pontos percentuais a mais do que em 2018, em uma votação que durou três dias e contou com comparecimento recorde de 74,22%, segundo a Comissão Eleitoral Central (CEC).
Durante o ato de posse, o presidente apelou ao lado patriótico dos russos, mais uma vez reforçando sua imagem como líder forte, disposto a alcançar a vitória, em um momento em que o país enfrenta uma guerra na Ucrânia e é alvo de pressões internacionais.
— Enfrentamos este período difícil com dignidade e sairemos fortalecidos — afirmou Putin, em discurso no Kremlin. — Somos uma nação grande e unida. Juntos, vamos superar todos os obstáculos, vamos concretizar tudo que foi planejado. Juntos, venceremos.
A posse de Putin também lembrada por opositores no exílio, com críticas e acusações. Yulia Navalnaya, viúva de Alexei Navalny, acusou o presidente de ser "mentiroso, ladrão, assassino", no dia da posse.
— Nosso país é governado por um mentiroso, um ladrão, um assassino. Mas isto, sem dúvida, acabará — disse Navalnaya, cujo marido, o principal opositor do Kremlin, morreu em fevereiro em uma penitenciária isolada da região do Ártico. — [Com Putin] no comando, nosso país não terá nem paz, nem desenvolvimento, nem liberdade.
Navalnaya, os seus seguidores e vários líderes estrangeiros acusaram o presidente russo pelo assassinato de Alexei Navalny, que cumpria uma longa pena de prisão por "extremismo". O Kremlin nega as acusações.
— Em cada um dos seus mandatos, a situação só piora e é assustador imaginar o que acontecerá enquanto Putin permanecer no poder — completou, antes de citar "centenas de presos políticos na Rússia que enfrentam condições desumanas". (Com AFP)
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