Internacional
Trump compara governo Biden com Gestapo, a polícia política da Alemanha nazista
Magnata, que aspira voltar à Casa Branca após as eleições de novembro, alega que há contra ele uma 'caça às bruxas' arquitetada pelo democrata para tirá-lo da corrida presidencial
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump intensificou suas acusações de que o governo de seu sucessor, Joe Biden, utilizou a Justiça em seu benefício, comparando-o com a Gestapo, a polícia política da Alemanha nazista, segundo foi informado pela imprensa americana.
— Essas pessoas estão administrando um governo da Gestapo — disse Trump durante uma reunião a portas fechadas com líderes do Partido Republicano em sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida, de acordo com uma gravação de áudio fornecida à imprensa americana por um doador de campanha. — E é a única coisa que eles têm. E é a única maneira de vencerem, na opinião deles.
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A informação foi confirmada pelo governador da Carolina do Norte, o republicano Doug Burgum, ao programa State of the Union (Estado da União) da CNN:
— Esse foi um comentário curto e profundo que não era realmente central para o que ele estava falando — comentou. Acho que (...) a maioria dos americanos acredita que o julgamento pelo qual ele está passando agora tem motivação política.
A Gestapo era uma força policial secreta infame e brutal da Alemanha nazista que atacava impiedosamente judeus e críticos de Adolf Hitler. Trump, que aspira voltar à Casa Branca após as eleições de novembro, alega repetidamente que há contra ele uma "caça às bruxas" arquitetada pelo governo Biden para tirá-lo da corrida presidencial.
O magnata é alvo de quatro processos criminais diferentes, incluindo um no qual é acusado de fraudar 34 registros contábeis para ocultar o pagamento de US$ 130 mil (R$ 660 mil, na cotação atual) feito em troca do silêncio de uma ex-atriz pornô com quem teria tido um relacionamento extraconjungal no passado. O pagamento teria sido feito poucos meses antes da eleição de 2016, para evitar que o vazamento da história prejudicasse a sua imagem durante a campanha contra a democrata Hillary Clinton. A história foi revelada pelo jornal Wall Street Journal em 2018, quando ele já era presidente. Se for condenado, ele pode pegar até quatro anos prisão.
A campanha de Joe Biden respondeu em um comunicado neste domingo, dizendo que os ataques do republicano apenas confirmam que "a campanha de Trump gira apenas em torno dele, de sua raiva, sua vingança e suas mentiras". (Com AFP)
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