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Milton Cunha sobre show da Madonna: 'Escolha linda a da drag queen rainha negra como mestra de cerimônias'

Carnavalesco também destaca a homenagem aos mortos pela Aids: 'De chorar'

Agência O Globo - 05/05/2024
Milton Cunha sobre show da Madonna: 'Escolha linda a da drag queen rainha negra como mestra de cerimônias'

"A primeira coisa que me arrebatou foi a mestra de cerimônias: a drag queen negra abrindo sozinha vindo da plateia, já com a roupa do Vogue, aquela roupa histórica que hoje agora também tem referência ao seriado 'Bridgerton' A rainha negra, fabulosa, com cabelo muito alto.

Ela estrela e controla tudo. E volta com Anitta na hora das notas das batalhas de dança. Achei uma escolha linda e adoro quando ela diz no começo: 'Queridos, não é um show, é um tour de celebração', todo mundo grita e surge Madonna.

É um fio condutor ótimo. Por que? Porque Madonna tem um histórico de 40 anos de luta pela liberdade. Faz um discurso veemente quando está com voz e violão, diz: 'Contem comigo até morrer para lutar pela democracia e pelo direito de igualdade'. Emocionante.

Sobre o show... Bem, Madonna canta cinco vezes, a hora do piano e tal... O resto todo é 'playbackão', mas de alta qualidade técnica, a gente ouve todos os instrumentos, os arranjos são lindos, então, dá certo.

É demais recapitular a trajetória de décadas de Madonna. E tem uma coisa do meio para o fim, quando ela vai descansar e trocar de roupa aí, quando surgem os figurantes: Ela e Michael Jackson se encontram na década de 1980, cantando dois sucessos daquela época e ressurgindo fortes.

De chorar a homenagem aos mortos pela Aids, com nomes mundiais e os nossos ali. A participação de brasileiros no 'La isla bonita', nossos meninos, nossas crianças o divino maestro Pretinho da Serrinha conduzindo todo mundo.

Eu amei muito, foi uma noite memorável, que vai ficar no meu coração eternamente".