Esportes

Nove ex-jogadores de futebol são presos no Chile acusados ​​de estupro

Agência O Globo - 04/05/2024
Nove ex-jogadores de futebol são presos no Chile acusados ​​de estupro
Foto: Fernando Torres/CBF/Direitos Reservados

Nove ex-jogadores da divisão sub-21 do clube chileno Cobreloa foram presos preventivamente, nesta sexta-feira, após terem sido acusados ​​de participar no estupro coletivo de uma jovem em 2021, informou o Ministério Público.

Os ex-atletas são acusados ​​de agredir sexualmente a mulher quando ela participava de uma festa, no dia 16 de setembro de 2021, na casa onde moravam os jovens jogadores do clube de futebol, na cidade de Calama, cerca de 1.500 quilômetros ao norte da capital, Santiago.

As detenções foram realizadas por “fatos que constituem o crime de violação, cometidos contra uma vítima, uma mulher maior de idade”, afirmou o procurador regional Juan Castro Bekios.

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Os ex-jogadores foram detidos quinta-feira nas cidades de Santiago, Calama e Osorno para serem levados ao Tribunal de Calama, onde foram formalmente acusados.

O Ministério Público identificou os detidos apenas pelas suas iniciais e sustentou que todos eram maiores de idade quando os fatos ocorreram.

A audiência judicial não foi pública, porque a investigação foi declarada confidencial pelo Ministério Público.

O tribunal concedeu um período de 120 dias de investigação antes de iniciar o julgamento.

O caso foi inicialmente encerrado depois que a vítima desistiu de registrar a denúncia.

O Cobreloa, clube da cidade mineira de Calama, que disputa a primeira divisão do futebol chileno, também não tomou medidas legais na época, avaliando que “não foi possível provar que foram cometidos abusos ou estupros em massa”.

A Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP) manifestou, nesta sexta-feira, o seu total “repúdio e condenação” a qualquer ato de violência ou abuso sexual.

Adiantou que terá “a suspensão desportiva imediata dos envolvidos neste caso, que integram clubes associados a esta instituição”.

A ministra do Interior chilena, Carolina Tohá, afirmou que as detenções “são relevantes para reforçar a confiança nas instituições e no avanço de um processo que deve continuar até que a justiça seja alcançada”.