Esportes
UFC 301: Evento chega à 40ª edição no país com card recheado de brasileiros e de olho na expansão
De volta ao Rio após mais de um ano, noite contará com Alexandre Pantoja defendendo cinturão e o retorno de José Aldo
A noite de sábado promete ser especial para os fãs brasileiros de MMA. Na 40ª edição do UFC no Brasil, o card 301 do evento traz lutadores do país nas 14 lutas principais. Não é por acaso. De volta ao Rio depois de um ano, a competição foi planejada para ser uma grande celebração num dos principais celeiros das artes marciais do mundo. A grande atração de hoje será o confronto entre Alexandre Pantoja e o australiano Steve Erceg que disputarão o cinturão peso-mosca.
O brasileiro vai defender o título pela segunda vez, após ter conquistado o cinturão em julho do ano passado contra o então campeão Brandon Moreno, do México. Em dezembro, ele manteve a conquista ao derrotar o americano Brandon Royal.
A edição também contará com o retorno de José Aldo, que fez sua última luta em 2022 e passou a se dedicar ao boxe. O “Rei do Rio” vai lutar com o americano Jonathan Martínez, na categoria peso galo.
—Nós estamos vendo esse evento como uma comemoração do UFC no Brasil. É o 12º no Rio de Janeiro. Nunca tivemos tantos eventos num país a não ser nos Estados Unidos — diz David Shaw, vice-presidente da organização.
Depois de quatro anos de ausência do Brasil, em virtude da pandemia do coronavírus, o UFC retornou ao país ano passado com eventos no Rio e em São Paulo. A retomada foi positiva. Casa lotada em ambas edições, assim como é esperado hoje na Farmasi Arena, na Barra da Tijuca.
Foi um desafio manter a base de fãs engajada, mas a organização conta com um público fiel, que tem as artes marciais em seu DNA, como diz Shaw. O peso do Brasil no UFC está presente nos números. Atualmente, o UFC conta com 600 lutadores. Destes, 110 são brasileiros, uns 20 estão no top 10 e há dois campeões, incluindo o Pantoja.
— O Pantoja vai lutar pela primeira vez no Brasil, então dá muito orgulho de ver isso tudo acontecer — afirma Shaw, que ressalta a dimensão do Brasil no UFC pelo que ele acompanha nas viagens pelo mundo. — Tenho a oportunidade de estar em todos os eventos internacionais, e o Brasil é o único país que tem o MMA no DNA. Há 200 milhões de pessoas, e temos 50 milhões de fãs. Alguns que só assistem, alguns que assistem e treinam... Aonde você for aqui, as pessoas conhecem o UFC.
Até por isso, há a ideia de fortalecer a marca também fora do eixo Rio-São Paulo. Com uma base de fãs tão grande, que consome o esporte em diversas plataformas e de maneiras diferentes, o objetivo da organização é falar com todos os públicos e mantê-los próximos ao UFC via streaming próprio, redes sociais e outros canais.
—Sempre estamos buscando novas formas de contato com todos os nossos fãs. Nosso projeto a longo prazo é tranquilo porque sempre temos os brasileiros entre os primeiros, sempre disputando cinutrão — diz Eduardo Galetti, vice-presidente sênior do UFC na América Latina.
Além de Pantoja e José Aldo, o UFC 301 terá ainda a presença dos brasileiros Vitor Petrino, Michel Pereira e Caio Borralho no card principal. O evento começa a partir das 17h e terá transmissão da Band e no streaming Fight Pass.
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