Internacional

Crescente Vermelho anuncia nascimento de primeiro bebê palestino em maternidade reaberta em Khan Younis

Organização comemorou o nascimento do pequeno Muhammad Luay al-Raqab na maternidade, em publicação no X

Agência O Globo - 02/05/2024
Crescente Vermelho anuncia nascimento de primeiro bebê palestino em maternidade reaberta em Khan Younis
Crescente Vermelho anuncia nascimento de primeiro bebê palestino em maternidade reaberta em Khan Younis - Foto: Reprodução / internet

O Crescente Vermelho Palestino anunciou, nesta quinta-feira, o nascimento do primeiro bebê na maternidade do Hospital al-Amal, localizado em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, após sua reabertura. A unidade havia sido fechada em março, em razão de confrontos de tropas israelenses e grupos rebeldes palestinos.

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O perfil oficial do Crescente Vermelho Palestino no X (antigo Twitter) publicou a imagem do pequeno Muhammad Luay al-Raqab, comemorando o seu nascimento na maternidade. O recém-nascido aparece agasalhado, ao lado do que parece ser um enxoval cedido pela organização. Não há detalhamento sobre o seu estado de saúde.

O Hospital Al-Amal e a sede da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) em Khan Yunis deixaram de funcionar em março, após mais de 40 dias de hostilidades dentro e ao redor da unidade. À época, a organização justificou a interrupção dos serviços mencionando "grave perigo" às vidas de pacientes críticos, civis feridos, pessoal médico e equipes da ONG.

Dias após o fechamento da unidade, Israel retirou suas forças terrestres do sul de Gaza em 7 de abril. A justificativa para a decisão foi o esgotamento de todas as operações de inteligência e combate na região de Khan Younis, incluindo no hospital al-Amal.

As operações israelenses em hospitais são um dos pontos mais controversos da ofensiva contra o enclave palestino. Instalações de saúde são protegidas pelo direito internacional, o que faz com que muitos considerem que Israel cometeu crimes de guerra ao invadi-las. Porém, o Estado judeu defende que os locais são usados como base para ações terroristas, o que retiraria a proteção jurídica.