Internacional

Carla Bruni é interrogada como suspeita no caso contra o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy

Os investigadores suspeitam que pessoas do círculo de Sarkozy possam ter atuado em esquema de financiamento ilegal da campanha do ex-presidente em 2007 com dinheiro da Líbia

Agência O Globo - 02/05/2024
Carla Bruni é interrogada como suspeita no caso contra o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy

Carla Bruni, esposa do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, foi interrogada na quinta-feira como suspeita em uma vertente da investigação sobre um suposto financiamento ilegal da campanha de seu marido em 2007 com dinheiro da Líbia, informou uma fonte judicial à AFP.

O interrogatório busca esclarecer por que uma testemunha-chave do caso, o empresário franco-libanês Ziad Takieddine, afirmou ter entregado maletas com milhões de euros procedentes do ditador líbio Muammar Gaddafi ao chefe da equipe de Sarkozy e depois se retratou.

Os investigadores suspeitam que pessoas do círculo de Sarkozy possam ter atuado para que Takieddine mudasse sua versão.

Sarkozy, que foi presidente da França entre 2007 e 2012, foi indiciado por possível manipulação de testemunhas em outubro de 2023, como parte da lista de causas legais que acumula.

Bruni foi interrogada como testemunha em junho de 2023, mas agora é considerada suspeita por suas conversas com Mimi Marchand, considerada a rainha dos paparazzi na França e próxima ao atual presidente, Emmanuel Macron, e sua esposa Brigitte.

Segundo uma fonte próxima ao caso, o juiz encarregado da instrução busca determinar se Bruni tentou encobrir algo ao apagar todas as suas mensagens trocadas com Marchand no dia em que a rainha da imprensa cor-de-rosa foi indiciada por este caso, em junho de 2021.

A ex-modelo e cantora é suspeita de ter desempenhado um papel como elo entre os diferentes protagonistas do caso.

Sarkozy será julgado no início de 2025 por supostamente ter recebido fundos da Líbia em sua campanha por acusações de "encobrimento de peculato", "corrupção passiva" e "financiamento ilegal de uma campanha eleitoral", acusações que o ex-presidente de direita nega.