Às vésperas do final do "Abril Vermelho", os governadores Ronaldo Caiado (Goiás) e Romeu Zema (Minas Gerais) fizeram críticas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e cobraram o governo federal pelas recentes invasões. Desde o início do mês, o movimento social ocupou ao menos 32 lotes de terra.

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Neste sábado, durante a cerimônia de abertura da feira voltada ao agronegócio Expozebu, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, os dois governadores discursaram. Em sua fala, Caiado afirmou que no seu estado não há registro de invasões recentes.

— Os 12 meses em Goiás são verde e amarelo. Não se teve uma invasão e não haverá enquanto eu estiver à frente do governo. Aprovei na Assembleia Legislativa a retirada de todos porque aqui não é local de levar assentamento para criar tumulto e intranquilizar aquele cidadão que está trabalhando na sua propriedade rural — afirmou o governador de Goiás.

Já o chefe do Executivo mineiro, Romeu Zema disse que a política adotada por ele é de "tolerância zero".

— O secretário tem a missão de comunicar a nossa Polícia Militar imediatamente qualquer Invasão e a determinação é tolerância zero. Não queremos ninguém perturbando a vida do produtor rural.

Ao longo deste mês, o MST vem pressionando o Palácio do Planalto por agilidade na reforma agrária. As invasões fazem parte do Abril Vermelho, que marca o aniversário do massacre de Eldorado do Carajás, quando 19 sem-terras foram assassinados em 1996.

Até o momento, o MST invadiu terras em 15 estados: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe.