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Relógio de ouro do passageiro mais rico do Titanic vai a leilão e pode ser vendido por R$ 1 milhão

John Jacob Astor foi visto pela última vez fumando um cigarro enquanto navio naufragava

Agência O Globo - 25/04/2024
Relógio de ouro do passageiro mais rico do Titanic vai a leilão e pode ser vendido por R$ 1 milhão

Um relógio de ouro que pertenceu ao magnata John Jacob Astor, uma das vítimas do naufrágio do Titanic, irá a leilão na Inglaterra. A expectativa da Henry Aldridge & Son, responsável pela negociação, é que a peça seja vendida por até R$ 1 milhão.

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Descrito como o passageiro mais rico do navio, o empresário americano, dono de uma fortuna de US$ 87 milhões, uma das maiores da época, foi visto pela última vez fumando um cigarro enquanto o navio naufragava no Atlântico. Instantes antes, ele havia conseguido colocar sua mulher, Madeleine Talmage Astor, dentro de um bote, mas teve sua entrada negada na embarcação. Madeleine sobreviveu ao acidente, e, sete dias após o naufrágio do Titanic, o corpo de Astor foi encontrado no oceano.

O relógio de bolso do americano foi entregue ao filho de Astor, Vincent, de 20 anos, que restaurou a peça de ouro 14 quilates. Ele usou o relógio até 1935, quando deu o item de presente para seu afilhado, William Dobbyn. Nos anos 90, um colecionador, que não teve a identidade revelada, adquiriu a peça da família do americano.

Um par de abotoaduras de ouro e o plano de acomodação de primeira classe de John Jacob Astor acompanham o relógio no leilão.

A venda é feita pela casa de leilões Henry Aldridge & Son, especializada em itens do naufrágio. O leiloeiro Andrew Aldridge classificou a peça como "um dos itens mais notáveis" do Titanic que já encontrou. Lances pela peça podem ser feitos até o dia 27 deste mês.

— É um relógio requintado que está em excelentes condições, o que não é surpreendente, considerando quem era seu proprietário original. No entanto, passou sete dias nas águas geladas do Atlântico após o desastre e quase certamente teria parado de funcionar e sofrido todo tipo de danos. Era obviamente de grande valor sentimental para Vincent Astor, que o restaurou e usou durante os 23 anos seguintes — disse Andrew Aldridge.