Internacional

Vídeos mostram polícia usando armas de choque e gás lacrimogêneo contra manifestantes pró-Palestina nos EUA; assista

Dezenas de ativistas foram presos durante protesto dentro do campus da universidade Emory, em Atlanta

Agência O Globo - 25/04/2024
Vídeos mostram polícia usando armas de choque e gás lacrimogêneo contra manifestantes pró-Palestina nos EUA; assista

Em meio à onda de protestos contra a guerra em Gaza que tomou as universidades americanas, dezenas de manifestantes foram presos nesta quinta-feira durante um ato pró-Palestina no campus da Universidade Emory, em Atlanta. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a polícia repreendendo ativistas com armas de choque e gás lacrimogêneo. Em um deles, um homem negro aparece rendido e algemado ao chão enquanto um agente usa um taser em sua perna.

Em outro vídeo, a professora universitária Noelle McAfee, chefe do departamento de Filosofia da Universidade Emory, aparece sendo levada algemada por um policial. Nas imagens, ela pede à pessoa que está filmando para ligar para o departamento informando que ela está sendo detida.

Estudantes da universidade montaram um acampamento no campus para pedindo um cessar-fogo imediato em Gaza e o fim do apoio dos EUA à ofensiva israelense. Imagens mostram agentes das forças de segurança detendo dezenas de jovens ao lado de barracas de camping.

Movimento nacional

Na semana passada, o movimento pró-palestina resultou na prisão de mais de 400 pessoas, mas os protestos continuam a ganhar corpo em universidades americanas. A Universidade Emory é uma das cerca de 20 instituições de ensino superior, espalhadas por ao menos 11 estados, que além do cessar-fogo cobram medidas efetivas de suas reitorias para cortar laços com empresas que apoiam a guerra de Israel contra o Hamas no enclave palestino.

Em Boston, mais de 100 manifestantes foram presos entre a noite de quarta-feira e a madrugada desta quinta no campus do Emerson College, onde estavam acampados desde domingo. A polícia local iniciou uma operação para desmontar o acampamento, o que foi concluído na manhã desta quinta-feira, mas houve resistência. Quatro policiais teriam ficado feridos no processo.