Israel afirmou, nesta terça-feira, ter executado dois membros sênior da Unidade Aérea do movimento xiita libanês Hezbollah em ataques separados no dia anterior, alvos descritos como "significativos". Em resposta, o grupo afirmou que lançou ataques com drones contra duas posições militares israelenses no norte da cidade do Acre, no Estado judeu.

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Os combatentes foram identificados pelas Forças Armadas Israelenses como Hussein Ali Azkul e Sajed Sarafand. O primeiro, de acordo com a descrição do exército, esteve "fortemente envolvido no planejamento e execução de ataques terroristas contra Israel e nas atividades de rotina da unidade aérea do Hezbollah", enquanto o segundo seria um "terrorista importante da unidade aérea das forças al-Radwan" e também teria promovido "ataques terroristas" contra o Estado judeu.

Na manhã desta terça, uma fonte próxima ao Hezbollah confirmou à AFP que um ataque de drone israelense matou um engenheiro — Azkul, segundo as forças israelenses, citadas pelo Haaretz — que trabalhava para as forças de defesa aérea do movimento enquanto viajava em um veículo.

O ataque atingiu a área de Abu al-Aswad, perto da cidade costeira de Tiro, a cerca de 35 quilômetros ao norte da fronteira com Israel, informou um jornalista da AFP, que viu o veículo completamente carbonizado. "Sua eliminação prejudica significativamente as capacidades da Unidade Aérea do Hezbollah", escreveu Israel. Já Sarafand foi morto na região de Arzoun.

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O Hezbollah anunciou em um comunicado que seus combatentes lançaram “um ataque aéreo combinado usando chamariz e drones explosivos que teve como alvo” duas bases israelenses, enquanto Israel disse ter "interceptado com sucesso dois alvos aéreos suspeitos na costa norte." O ataque, afirmou o movimento, foi uma "resposta ao assassinato" de um de seus membros algumas horas antes.

Na noite de domingo, o Hezbollah abateu um drone israelense, disseram ambos os lados. O movimento libanês xiita, que intensificou as suas ações nos últimos dias, normalmente limita-se a atacar posições na fronteira.

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Desde 7 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque terrorista contra o sul de Israel, pelo menos 378 pessoas foram mortas no Líbano, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também 70 civis, segundo um balanço da AFP. Israel afirma que 11 soldados e oito civis foram mortos no seu lado da fronteira.

O movimento xiita libanês, que, assim como o Hamas, é apoiado e financiado pelo Irã, tem feito ataques ao norte de Israel desde o dia 8 de outubro, um dia após o ataque terrorista, em uma espécie de apoio ao grupo palestino, que controla a Faixa de Gaza.