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Nome começa com letras depois do P? Essa pode ser a explicação para notas mais baixas; entenda

Pesquisadores da Universidade do Michigan revelam que esses alunos tendem a receber um resultado 0,3 pontos menor do que os outros estudantes

Agência O Globo - 23/04/2024
Nome começa com letras depois do P? Essa pode ser a explicação para notas mais baixas; entenda

Seu nome começa com Y ou W e suas notas na escola não eram altas? O problema pode não estar relacionado com a sua inteligente. Isso porque um estudo realizado pela Universidade de Michigan revela que alunos com nomes que iniciam com as letras mais distantes do alfabeto tem maiores chances de receber notas baixas do que os alunos que têm seus nomes iniciados com A, B, C, D ou E.

Além disso, esses alunos tendem a receber comentários mais rudes sobre seus trabalhos. O estudo foi realizado com sobrenomes, que é o equivalente ao primeiro nome no Brasil, visto que no Reino Unido, os alunos são chamados na lista de presença pelo sobrenome.

A equipe de pesquisadores analisou mais de 30 milhões de registros de notas de estudantes da Universidade de Michigan. As tarefas foram enviadas através do Canvas, sistema de gerenciamento de aprendizagem online mais utilizado em todo o mundo que envia os trabalhos aos professores por ordem alfabética.

Segundo os resultados, alunos cujos nomes começam com A, B, C, D ou E receberam nota 0,3 ponto, em comparação com quando foram avaliados aleatoriamente. Em contraste, os alunos cujos sobrenomes começaram com letras posteriores do alfabeto receberam uma nota 0,3 ponto menor.

Embora esta diferença de 0,6 pontos possa parecer pequena, os pesquisadores dizem que, ao longo do tempo, esta disparidade pode afetar as médias de notas dos alunos e até mesmo gerar um impacto nos planos de carreira futuro desses alunos.

Os cientistas acreditam que o motivo por trás disso é que os professores podem ficar cansados e mais irritados à medida que avançam no alfabeto.

“Quando você trabalha em algo por um longo período de tempo, você fica cansado e começa a perder a atenção e suas habilidades cognitivas diminuem”, afirma Jiaxin Pei, coautor do estudo.

Com base nas descobertas, os pesquisadores sugerem que os professores devem se esforçar para marcar as tarefas em ordem aleatória.