Um professor de guitarra será julgado na França nesta segunda-feira após ser acusado de contratar uma gangue de assassinos da Geórgia para matar seu fisioterapeuta. O músico acusou o profissional de causar "dor debilitante" em seu pescoço, mas negou ter tentado matá-lo.

A situação ocorreu em 2019, quando o fisioterapeuta estava atravessando a estrada para ir trabalhar e foi surpreendido por um carro, que acelerou e o derrubou. Ele sobreviveu, mas ficou com hematomas no pé e trauma na perna, e disse aos investigadores que suspeitava do envolvimento de um ex-paciente que tinha rancor contra ele.

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A ordem de fisioterapeutas ordenou que o homem pagasse 30 mil euros (cerca de R$ 165 mil) em danos. Porém, através de escutas telefônicas, os investigadores descobriram que o ex-cliente ainda estaria inclinado à vingança.

De acordo com as investigações, a namorada do homem e o pai dela, ambos georgianos, teriam ajudado a recrutar assassinos da Geórgia para atacar o fisioterapeuta. Em 2018, o professor de música teria pagado 2 mil euros (R$ 11 mil) a uma primeira gangue, que não completou o serviço.

Sua namorada então teria encontrado uma nova equipe, incluindo três homens que viajaram da Geórgia para a França para tentar atropelar seu alvo e depois deixaram o país. As investigações indicam também que o professor de guitarra estaria planejando roubar a casa do terapeuta quando a polícia o prendeu.

As autoridades francesas ordenaram que 10 pessoas fossem julgadas no caso, mas três estão na Geórgia e uma morreu na prisão em fevereiro. O professor de guitarra, bem como quatro outros homens e uma mulher, devem comparecer no tribunal até 10 de maio.

A maioria deles foi acusada de conspirar para cometer um assassinato em uma gangue, apenas um deles — um amigo — foi acusado de não relatar o crime. Contatada pela AFP, a equipa de defesa do professor de guitarra se recusou a comentar o caso.