Política

Ministro de Lula lembra visita do papa ao Rio em dia de ato de Bolsonaro em Copacabana

Levy Teles 21/04/2024
Ministro de Lula lembra visita do papa ao Rio em dia de ato de Bolsonaro em Copacabana
Ministro de Lula lembra visita do papa ao Rio em dia de ato de Bolsonaro em Copacabana - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, usou o X (ex-Twitter) neste domingo, 21, para lembrar da ida do Papa Francisco a Copacabana durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013. A publicação foi feita no mesmo dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro fez uma manifestação no mesmo lugar.

Foram estimadas 3 milhões de pessoas para receber o pontífice há mais de dez anos. Já o ato bolsonarista deste domingo teve a presença de 32,7 mil pessoas, segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP).

"Lembrei agora da visita do Papa Francisco a Copacabana, Rio de Janeiro. Olha que multidão impressionante", escreveu Messias, na publicação. A postagem exibia uma imagem com um público consideravelmente maior em comparação à manifestação bolsonarista deste domingo.

Ele é o primeiro ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a fazer alguma referência aos acontecimentos deste domingo.

Como mostrou o Estadão, a manifestação foi marcada por acusações de parcialidade contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), críticas ao governo Lula e ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e por manifestações de gratidão ao empresário Elon Musk, dono do X, da Tesla, da SpaceX e da rede de satélites Starlink.

Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, partido de Lula, fez comentários e criticou Musk. "Se alguém tinha alguma dúvida, o ato de Copacabana escancarou o alinhamento total do bolsonarismo com o dono do X, contra a democracia no Brasil", escreveu. "A 'liberdade de expressão' que eles querem é para seguir mentindo e solapando as instituições democráticas. Só não vê quem não quer."

A deputada federal também chamou Bolsonaro de "covarde". "Covarde como sempre, o inelegível segue terceirizando os ataques, cada vez mais insolentes, para o tal Malafaia", afirmou. "E pode esperar sentado, inelegível: não vai ter anistia pra golpista nem impunidade para os mandantes."