Internacional
Israel diz ter matado 10 ‘terroristas’ em ataque na Cisjordânia
Desde o início da guerra, em 7 de outubro, ocorreram mais de 700 ataques de colonos judeus na Cisjordânia, com a participação de soldados israelenses em cerca de metade deles
O exército israelense afirmou, neste sábado, ter matado 10 pessoas e detido outras oito em um ataque ao campo de deslocados de Nur Shams, no norte da Cisjordânia ocupada.
“As forças de segurança eliminaram 10 terroristas durante os confrontos”, disse o exército, no decurso de uma operação que está a ser realizada “há mais de 40 horas”.
Ataques de colonos batem recorde
Enquanto os olhos do mundo se voltam para o conflito entre Israel e Gaza e as tensões com o Irã, esta outra parte dos territórios palestinos vê a violência atingir patamares históricos sem a mesma atenção.
Desde o início da guerra, em 7 de outubro, ocorreram mais de 700 ataques de colonos judeus na Cisjordânia, com a participação de soldados israelenses em cerca de metade deles, segundo as Nações Unidas.
Neste mesmo período, 17 palestinos foram mortos, 400 ficaram feridos e mais de 1,2 mil foram forçados a se deslocar devido à violência, entre eles 600 menores, disse a ONU.
Um relatório da ONG Human Rights Watch (HRW) divulgado nesta semana revelou detalhes da situação na Cisjordânia, que já via um aumento da truculência antes mesmo de estourar o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
Em 2023, o número de ataques de colonos na região bateu recorde, segundo a ONU, atingindo o maior patamar desde 2006, quando teve início a série histórica.
— Colonos e soldados desalojaram comunidades palestinas inteiras, destruindo todas as casas, com o apoio aparente de autoridades israelenses superiores — disse Bill Van Esveld, diretor de direitos das crianças da HRW. — Enquanto a atenção do mundo está voltada para Gaza, os abusos na Cisjordânia, alimentados por décadas de impunidade e complacência entre os aliados de Israel, estão aumentando.
A onda mais recente de ataques começou há uma semana, quando o corpo de um menino israelense de 14 anos foi encontrado após ele ter desaparecido no assentamento de Malachei Hashalom, na Cisjordânia ocupada.
A comoção em torno do caso levou a investidas de colonos contra ao menos 17 vilarejos e comunidades palestinas, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês).
Quatro palestinos foram mortos durante os ataques, incluindo um menor de 16 anos. Casas e veículos foram incendiados e animais de estimação foram assassinados, segundo Yesh Din, um grupo de direitos humanos israelense.
Mais lidas
-
1BRIGA NO FUTEBOL
Disputa por R$ 750 mil agrava crise administrativa no CSE e expõe ingerência da Prefeitura
-
2PROTEÇÃO À INFÂNCIA
Prefeito de Estrela de Alagoas, Aldo Lira, comemora conquista do Selo UNICEF 2024: "Um legado para nossa gestão"
-
3HIPISMO
Amadora no hipismo, Shanna Garcia sonha com parceria para ser amazona de elite
-
4FUTEBOL
Campeonato Brasileiro: Rádio Nacional transmite Cruzeiro x Flamengo
-
5INCLUSÃO
Palmeirense Edmilson Sá é empossado como presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência