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No topo e à esquerda: imagem de Maduro aparece 13 vezes na cédula eleitoral das eleições presidenciais da Venezuela

'Tarjetón' é composto por quatro linhas e dez colunas, e vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirma que ordem considera o número de votos nas eleições parlamentares de 2020

Agência O Globo - 09/04/2024
No topo e à esquerda: imagem de Maduro aparece 13 vezes na cédula eleitoral das eleições presidenciais da Venezuela
Imagem de Maduro aparece 13 vezes na cédula eleitoral das eleições presidenciais da Venezuela - Foto: Tv Brasil

A primeira fileira inteira e mais três dispostas na segunda, à esquerda. Assim aparecem as 13 imagens do presidente Nicolás Maduro, que concorre a um terceiro mandato nas eleições de 28 de julho, na cédula eleitoral, divulgada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na segunda-feira. Manuel Rosales, principal rival de Maduro nesse pleito, aparece em apenas três.

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O "tarjetón", como é conhecido o documento, é formado por quatro fileiras e dez colunas, nas quais os 37 partidos inscritos no conselho foram distribuídos, juntamente com a foto dos candidatos (13 neste pleito) que apoiam.

A ordem das lacunas, segundo o vice-presidente do CNE, Carlos Quinteiro, citado pelo El Pitazo, considerou o número de votos nas eleições parlamentares de 2020 — que consagrou a vitória ao chavismo ao conquistar a maioria, mas foi contestada pelo Brasil e outros 15 países das Américas, além da União Europeia.

Na fileira de maior destaque — a primeira de cima para baixo e da esquerda para a direita — está o governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), seguido por todos os partidos que apoiam a candidatura de Maduro. Os partidos da situação também tomam duas lacunas na segunda fileira e uma na terceira.

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Considerado por analistas um candidato "mais viável para o governo", Rosales, que é governador do estado petrolífero de Zulia, aparece na terceira fileira, sétima coluna, pelo partido Um Novo Tempo (UNT). Sua imagem também aparece outras duas vezes, na mesma coluna: acima, pelo Movimento por Venezuela (MPV) e Força Vicinal.

Edmundo González Urrutia, embaixador indicado pela Mesa de Unidade Democrática (MUD), uma das três que apresenta oposição maioritária na Plataforma Unitária, está na segunda linha, quinta coluna. Ele aparece uma única vez na cédula.

A escolha de Urrutia foi feita para preservar a sigla do MUD, enquanto a coalizão e Maria Corina Machado — principal opositora de Maduro, inabilitada por 15 anos — correm para escolher um candidato definitivo, cujo prazo foi postulado como 20 de abril pelo CNE. A oposição denunciou que não estava conseguindo realizar o registro de Corina Yoris, candidata indicada por Corina como sua substituta.

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Segundo o conselho, o sistema de votação na Venezuela é totalmente automatizado e pode ser auditado.

A data para as eleições venezuelanas foi divulgada no mês passado, e o pleito ocorrerá no mesmo dia do aniversário do ex-presidente Hugo Chávez. Países vizinhos a Caracas, entre eles o Brasil, afirmam acompanhar com preocupação a eleição, que deverá garantir mais seis anos ao chavismo, no poder há quase um quarto de século.

Em 2018, quando Maduro se reelegeu presidente, várias organizações e países que hoje também foram convidados, como os EUA, a UE, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Africana, enviaram missões de observação para monitorar o processo eleitoral.