Internacional
Lei sobre o aborto deve ser decidida pelos estados, diz Trump: 'Alguns serão mais conservadores que outros'
Ex-presidente também afirmou que era 'fortemente a favor' da interrupção da gravidez em casos de estupro, incesto ou de risco para a vida da mãe

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou, nesta segunda-feira, que os direitos relativos ao aborto devem ser decididos pelos estados. A declaração, feita num comunicado em vídeo divulgado em sua rede social, ocorre meses após sinais mistos sobre o assunto, um problema que ele e seus conselheiros temiam que pudesse custar caro nas eleições presidenciais deste ano.
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Trump declarou que, em sua opinião, os estados deveriam decidir o assunto por meio da legislação, “e o que quer que decidam deve ser a lei”. Ele acrescentou, porém, que era “fortemente a favor” do aborto para como casos de estupro, incesto ou de risco para a vida da mãe.
— Muitos estados serão diferentes, e muitos [determinarão] um número diferente de semanas [de gestação ao permitir o aborto], e alguns serão mais conservadores do que outros — disse o ex-presidente no vídeo. — No final do dia, é tudo sobre a vontade do povo — acrescentou ele.
Na sequência, Trump afirmou falsamente que “todos os estudiosos legais” em “ambos os lados” do espectro político queriam ver o fim de Roe vs. Wade, caso histórico nos EUA que legalizou o aborto. Em 22 de janeiro de 1973, a Suprema Corte dos Estados Unidos estabeleceu que o direito ao respeito à vida privada garantido pela Constituição se aplicava ao aborto. A medida foi rechaçada por conservadores sociais e judiciais, que há muito procuram minar ou derrubar a decisão.
Politicamente, o anúncio de Trump permitirá que os democratas o associem a algumas das leis de aborto mais rígidas do país. É o caso, por exemplo, da que proíbe o aborto após seis semanas de gestação na Flórida – e que o ex-presidente disse ser um “erro terrível”. A declaração também enfatiza que os republicados em todo o país estão lidando com a questão desde a decisão Dobbs vs. Jackson, que derrubou o direito legal ao aborto ao revogar a Roe vs. Wade em 2022.
No vídeo, o republicano também alegou falsamente que os democratas querem que os bebês sejam “executados após o nascimento”.
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