Internacional
Policiais invadem embaixada mexicana em Quito e prendem ex-vice-presidente do Equador
Jorge Glas, condenado por corrupção, estava refugiado na embaixada após receber asilo político do país para escapar de um mandado de prisão
As autoridades equatorianas prenderam na sexta-feira o ex-vice-presidente Jorge Glas, que se refugiava na embaixada mexicana em Quito desde dezembro, fugindo a um mandado de prisão por suposta corrupção, informou a Secretaria de Comunicações Presidenciais.
“O Governo Nacional informa aos cidadãos que Jorge Glas Espinel, condenado à prisão pela justiça equatoriana, foi preso esta noite e colocado sob as ordens das autoridades competentes”, afirmou o ministério em comunicado.
Imagens da mídia local mostraram a entrada de homens uniformizados na legação, localizada no norte de Quito, e que era vigiada externamente por policiais e militares, para prender Glas, a quem o México concedeu asilo nesta sexta-feira.
A concessão de asilo prejudicou as relações bilaterais após a decisão de Quito, na quinta-feira, de expulsar a embaixadora mexicana Raquel Serur, declarando-a persona non grata após declarações do presidente Andrés Manuel López Obrador sobre a violência política no Equador.
A pasta da Comunicação destacou que “cada embaixada tem um único propósito: servir de espaço diplomático com o objetivo de fortalecer as relações entre os países”.
Acrescentou que “nenhum criminoso pode ser considerado perseguido politicamente. Jorge Glas foi condenado com pena executória e teve mandado de prisão expedido pelas autoridades competentes”.
Por sua vez, o presidente mexicano ordenou na sexta-feira a “suspensão” das relações com o Equador após o incidente diplomático.
É “uma violação flagrante do direito internacional e da soberania do México”, escreveu ele em sua conta no X.
Glas, ex-vice-presidente do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), é acusado de desviar fundos públicos destinados à reconstrução de cidades costeiras após um devastador terremoto em 2016.
Na sexta-feira, o Equador descreveu o asilo concedido pelo México como “ilegal” e insistiu que não concederá passagem segura ao ex-funcionário para deixar o país.
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