Internacional
'Não há um padrão para tremores': entenda o motivo de Japão e Taiwan serem atingidos por terremoto na mesma semana
Após terremoto de 7,5 abalar Hualien, em Taiwan, a cidade de Fukushima foi atingida na quinta-feira por outro tremor
Depois da cidade de Hualien, em Taiwan ser atingida por um terremoto de magnitude 7,5, as autoridades japonesas emitiram alertas de tsunami em sua costa leste e Fukushima, ao nordeste do país, foi abalada por um terremoto de 6,1. Os eventos não são coincidências, segundo o geólogo Francisco Dourado, coordenador do Centro de Pesquisas e Estudos sobre Desastres (Cepedes) da UERJ.
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— Os fenômenos que aconteceram em Taiwan e no Japão acontecem porque as placas tectônicas, que se encontraram em um dado momento, continuaram se tocando depois. Não há um padrão para os tremores, mas posso garantir que logo depois de um grande terremoto, não haverá outro similar — explicou o geólogo.
Os países estão em uma das regiões com maior atividade sísmica do mundo. No Japão, por exemplo, cerca de 1.500 terremotos são registrados por ano, embora o número seja elevado, a maioria é de intensidade moderada e não apresenta grandes riscos para a população.
— A Ásia possui diversas placas tectônicas e muitas falhas geológicas. Então, é natural que essas placas se encontrem com frequência por lá. Mas países como o Japão, já estão há décadas adaptando suas construções para enfrentar esses fenômenos. Um terremoto por lá causa efeitos diferentes do que causaria no Brasil. — conta Dourado.
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De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), a magnitude do terremoto que atingiu o Japão nesta quinta-feira foi de 6,1. O epicentro estava a uma profundidade de 40,1 quilômetros, considerada rasa entre os especialistas. Haulien estava a 18 quilômetros de lá.
Segundo Francisco Dourado, não há necessidade de temer terremotos assim no Brasil. Na verdade, o país até registra tremores, mas é preciso levar em consideração algumas questões.
— Não há risco de terremotos assim no Brasil, porque acontecem em intensidade relativamente baixa e em locais bem específicos. Sabemos de tremores no Rio Grande do Norte, por exemplo, que embora aconteçam em profundidade rasa, são tão fracos que é raro sentir. Outra região de tremores é na área entre o Acre e o Amazonas, mas por lá, o epicentro é tão profundo, que nem afetam a vida na superfície. — acrescentou Dourado.
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