Internacional
Macron chega ao Palácio do Planalto para encontro com Lula
Presidente francês está no país para uma série de agendas; os dois já estiveram juntos em Belém e no Rio de Janeiro

O presidente da França, Emmanuel Macron, chegou ao Palácio do Planalto nesta quinta-feira para novo encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um assunto latente na agenda bilateral é o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Segundo interlocutores da diplomacia francesa, Macron dirá a Lula que seu país não está preparado para esse tratado.
Macron e Lula já estiveram juntos em Belém, nesta semana, para discussões sobre meio ambiente e no Rio de Janeiro, onde inauguraram o terceiro submarino franco-brasileiro. O presidente francês também esteve em São Paulo para conversa com empresários e jantar com celebridades.
No encontro desta quinta-feira em Brasília, o presidente da França deixará claro que, pelo menos por enquanto, não dará aval ao que foi negociado no acordo Mercoul - UE, alegando que os membros do bloco sul-americano precisam assumir compromissos adicionais ligados ao meio ambiente. Macron está sob pressão dos produtores franceses.
A guerra na Ucrânia é outro assunto que expõe divergências entre Brasil e França. Enquanto a União Europeia — que tem os franceses como membros — defende a aplicação de sanções econômicas contra a Rússia, por ter invadido o território ucraniano há mais de dois anos, o Brasil afirma que esse tipo de punição só pode ocorrer com a aprovação das Nações Unidas. A expectativa é que Macron peça a Lula para conversar com o presidente russo, Vladimir Putin, para que o conflito tenha um fim.
A situação no Oriente Médio também será lembrada. Brasil e França concordam que é preciso um cessar fogo para acabar com a crise humanitária na Faixa de Gaza, causada pelo conflito entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas.
A situação na Venezuela e no Haiti entrarão na pauta. Brasil e França participaram das conversas para a assinatura do Acordo de Barbados, entre governo e oposição venezuelanos, que prevê a realização de eleições livres e justas no país. Já os haitianos sofrem com a atuação de líderes das gangues que controlam parte do país.
Lula e Macron devem assinar cerca de 15 atos após a reunião bilateral que terão no fim da manhã. Um deles é um protocolo de intenções de combate a fake news. Os dois presidentes devem conversar sobre o crescimento da extrema-direita no mundo.
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