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Strippers conquistam lei de proteção trabalhista em Washington, nos Estados Unidos

Estado americano irá garantir padrões de segurança e pagamentos para quem trabalha no setor

Agência O Globo - 27/03/2024
Strippers conquistam lei de proteção trabalhista em Washington, nos Estados Unidos
Strippers conquistam lei de proteção trabalhista em Washington, nos Estados Unidos - Foto: Reprodução / internet

O governador do estado norte-americano de Washington, Jay Inslee, assinou, nesta segunda-feira, uma carta de direitos destinada a garantir proteções trabalhistas para profissionais de stripper. A legislação é uma das mais avançadas nos Estados Unidos e estabelece padrões de segurança e pagamentos para quem trabalha nesse setor do entretenimento adulto.

– Strippers são trabalhadoras e devem ter os mesmos direitos e proteções que outros grupos trabalhistas – disse a senadora estadual Rebecca Saldana, que apoiou o projeto. – Se elas estão empregadas em um estabelecimento legal de Washington, elas merecem as proteções que qualquer outro trabalhador tem garantidas, incluindo proteção contra exploração, tráfico e abuso – continuou.

A lei exige a presença de botões de pânico nas áreas onde as dançarinas ficam sozinhas com os clientes e que os clubes tenham equipe treinada para lidar com questões de segurança. Também estabelece requisitos para limitar a quantidade de dinheiro que um clube cobra das strippers, já que muitas delas são trabalhadores independentes.

A lei também permite a venda de álcool nos clubes, o que adiciona uma renda significativa que pode ajudar os estabelecimentos a se adaptarem economicamente às novas medidas. A legislação foi elaborada com contribuições do grupo ativista Strippers são Trabalhadores.

– Durante cinco anos, organizamos e alcançamos um consenso com as dançarinas para desenvolver uma lei que abordaria questões relacionadas à indústria do entretenimento adulto em Washington e que concederia mais direitos trabalhistas e proteções às dançarinas – contou o grupo antes da promulgação. – As dançarinas merecem que seu trabalho seja igualitário, seguro e sem estigmatização – acrescentou.

Já na na Nova Zelândia, strippers protestaram no Congresso em janeiro pedindo melhores direitos trabalhistas e reformas na indústria do entretenimento adulto. Em Los Angeles, strippers de um bar votaram no ano passado pela sindicalização para conquistar maiores proteções contra o que consideravam práticas de exploração.