Internacional
Pela primeira vez, Brasil questiona inabilitação de candidata da oposição na Venezuela
Itamaraty questionou a retirada de Corina Yoris , candidata da oposição pela Plataforma Unitária, que iria concorrer com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
O governo brasileiro divulgou uma nota, nesta terça-feira , em que expressa preocupação com a inabilitação de candidatos que vão concorrer com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nas eleições de julho deste ano. Em nota, o Itamaraty questionou a retirada de Corina Yoris , candidata da oposição pela Plataforma Unitária.
"Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitária, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial" , destacou o Itamaraty.
Depois de María Corina Machado ter sido declarada inelegível por 15 anos, Corina Yoris teve a mesma punição. Agora, o candidato é Miguel Rosales, governador de Zulia.
Na nota, o Itamaraty lembra que, esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas, na noite de ontem, o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país. Onze candidatos ligados a correntes de oposição lograram o registro. Entre eles, inclui-se o atual governador de Zulia, também integrante da Plataforma Unitária.
"O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil", ressaltou o comunicado.
Ao mesmo tempo, a nota reforça a posição brasileira de considerar ilegais as sanções econômicas aplicadas pelos Estados Unidos à Venezuela.
"O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo".
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