Internacional
Opositora María Corina se distancia de candidatura de Rosales na Venezuela: 'O regime escolheu seus candidatos'
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, favorita nas pesquisas e que foi inabilitada politicamente, distanciou-se nesta terça-feira da candidatura de última hora do governador Manuel Rosales nas eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais o presidente Nicolás Maduro busca a reeleição. Horas após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) impedir a inscrição de Corina Yoris, uma professora universitária nomeada por María Corina para substituí-la no pleito, a líder discursou na sede de seu partido, o Vente Venezuela.
– O que alertamos por muitos meses terminou acontecendo: o regime escolheu seus candidatos – declarou María Corina em entrevista coletiva, na qual insistiu que sua candidata é Corina Yoris. – Há muita raiva, muita indignação. Muitas pessoas sentem que foram enganadas.
Na segunda-feira, a Plataforma Unitária Democrática, um bloco político da oposição na Venezuela, denunciou que o CNE impediu a inscrição da candidatura de Corina Yoris. Ao comentar o ocorrido, María Corina afirmou que “o país tem o direito de saber o que aconteceu nos últimos dias, especialmente nas últimas 24 horas” e pediu aos venezuelanos para “permanecerem firmes”, sem desistir do papel que a “verdadeira oposição” desempenha. Ela também declarou que o país terá eleições “livres e limpas”, embora não tenha dito como isso seria alcançado.
A nomeação de Manuel Rosales, governador do estado de Zulia (na fronteira com a Colômbia), como candidato ocorreu no último minuto e de forma dramática, depois que a principal aliança de oposição alegou ter sido impedida de registrar a candidata Yoris, bloqueada no sistema online para registros. Rosales foi indicado pelo partido Un Nuevo Tiempo (UNT), membro da principal aliança de oposição na Venezuela. Em entrevista coletiva a jornalistas após o anúncio, María Corina também falou em aprender com as "traições".
O partido de Rosales manifestou apoio à candidatura de Yoris, mas acabou inscrevendo o governador. Como justificativa, a sigla afirmou que, "por circunstâncias ainda não explicadas, as forças de oposição estavam a caminho de ficar de fora da corrida eleitoral". Na sequência, a nota divulgada ressalta que "a abstenção não é uma opção" e que, "como um partido comprometido com a via eleitoral, mesmo nas piores decisões", uma decisão "corajosa, histórica e responsável" foi tomada.
María Corina destacou, no entanto, que "ainda há tempo" para a Plataforma Unitária Democrática (PUD) ter um candidato às eleições presidenciais de 28 de julho, já que as candidaturas podem ser modificadas até 20 de abril. Ela disse que "dependeria da vontade do regime, com Corina Yoris como candidata". Até o momento, a PUD não comentou a candidatura de Rosales. Segundo a líder da oposição, a coalizão está reunida para avaliar os eventos das últimas horas.
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