Internacional
Rússia inicia dia de luto pelas vítimas de atentado em casa de shows
Ataque terrorista que aconteceu no subúrbio de Moscou foi o mais mortal do país em 20 anos, com ao menos 133 vítimas fatais
A Rússia iniciou um dia de luto nacional neste domingo pelas vítimas de um ataque terrorista que aconteceu na sexta em uma casa de shows no subúrbio de Moscou. O atentado matou pelo menos 133 pessoas, enquanto a busca por corpos nas instalações carbonizadas continua e persistem as dúvidas sobre as identidades e os motivos dos criminosos.
Há duas narrativas principais sobre a violência na noite de sexta-feira, o ataque terrorista mais mortal da Rússia em 20 anos. Autoridades americanas afirmam que foi obra do Estado Islâmico no Khorasan, ou ISIS-K, uma ramificação do Estado Islâmico que tem atuado no Paquistão, Afeganistão e Irã.
Mas, no sábado, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não mencionou o ISIS-K ou as identidades dos criminosos em seus primeiros comentários públicos sobre a tragédia. Os noticiários estatais russos ignoraram em grande parte ou lançaram dúvidas sobre a teoria do ISIS, em vez disso, lançaram as bases para sugerir que a Ucrânia e seus apoiadores ocidentais eram os responsáveis — uma acusação que Kiev nega.
A busca por sobreviventes terminou no sábado, quando começaram a surgir detalhes sobre as vítimas. Muitas das mais de 100 pessoas feridas no ataque estavam em estado crítico, e as autoridades alertaram que o número de mortos provavelmente aumentaria.
A Rússia não falou muito sobre quatro pessoas que prendeu e que considera os principais suspeitos do ataque. O Ministério do Interior disse apenas que eles são cidadãos estrangeiros. A mídia estatal de notícias mostrou o que descreveu como imagens de um interrogatório de um suspeito que falou em tadjique por meio de um intérprete.
As autoridades de Kiev, onde as defesas aéreas foram ativadas no início do domingo, disseram que a Rússia está culpando a Ucrânia pelo ataque para provocar "histeria antiucraniana na sociedade russa".
Piknik, a banda de rock russa que faria um show com ingressos esgotados no local suburbano na noite em que foi atacado e queimado até virar escombros, agora se encontra no centro da tragédia. O ataque foi um golpe político para o Sr. Putin, um líder para quem a segurança nacional é fundamental.
A Crocus International, empresa proprietária da sala de concertos, prometeu em um comunicado restaurar tudo o que foi destruído durante o ataque terrorista. O custo da restauração da sala de concertos, uma das maiores e mais bem equipadas de Moscou, provavelmente excederá US$ 100 milhões (R$ 500 milhões), disseram especialistas em imóveis à RIA Novosti, uma agência de notícias estatal russa.
O complexo foi desenvolvido pelo bilionário nascido no Azerbaijão, Aras Agalarov, cujo filho, Emin, é uma famosa estrela pop. O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump realizou o concurso de Miss Universo no mesmo complexo em 2013, e artistas mundialmente famosos como Eric Clapton, Dua Lipa e Sia também se apresentaram lá.
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