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Ministério Público da Espanha pede 22 anos de prisão para homem que enviou cartas-bomba ao governo espanhol

De acordo com documento da promotoria, o espanhol Pompeyo González Pascual, de 75 anos, cometeu os crimes de "terrorismo" e fabricação de artefatos explosivos

Agência O Globo - 22/03/2024
Ministério Público da Espanha pede 22 anos de prisão para homem que enviou cartas-bomba ao governo espanhol
Espanha

A Promotoria espanhola pediu 22 anos de prisão para o suspeito de enviar cartas-bomba em 2022 às embaixadas da Ucrânia e dos Estados Unidos em Madri e ao presidente do governo espanhol. As informações foram divulgadas em uma carta à qual a AFP teve acesso nesta sexta-feira.

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Para o Ministério Público, o espanhol Pompeyo González Pascual, de 75 anos, cometeu os crimes de "terrorismo" e fabricação de artefatos explosivos pelos seis envelopes que enviou no final de 2022, segundo o documento.

A Promotoria também solicitou para González Pascual, que será julgado em uma data ainda por definir, doze anos de liberdade vigiada quando tiver terminado sua condenação de prisão, que pelas leis espanholas terá um "máximo de cumprimento efetivo" de vinte anos, como indicou o escrito.

De acordo com a acusação, o suspeito enviou seis envelopes bomba ao presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, à sua ministra da Defesa, às embaixadas da Ucrânia e dos Estados Unidos em Madrid, à uma empresa de armas que fabrica lança-granadas doadas à Ucrânia e à uma importante base militar espanhola.

O homem era contrário ao apoio anunciado pela Espanha e Estados Unidos à Ucrânia após a invasão russa e buscava "variar esses posicionamentos e causar profunda comoção na normal convivência pacífica da sociedade espanhola", segundo a Promotoria.

Um guarda da embaixada ucraniana foi ferido levemente ao manipular o envelope e as outras cartas foram interceptadas pela equipe de segurança.

O acusado foi detido e colocado em prisão preventiva em janeiro de 2023, mas um juiz o deixou em liberdade provisória com medidas cautelares, em abril do mesmo ano, por considerar que não havia risco de destruição de provas nem de reincidência, além de não ter registo criminal.

Segundo esse juiz, "não há indícios" de que o suspeito tenha atuado junto a "grupo organizado terrorista algum".