Um vídeo que mostra um bebê fumando um cigarro eletrônico viralizou nas redes sociais nesta semana. A fumaça que é solta após o trago chega a afetar outra criança que está fora do enquadramento das imagens. O uso de cigarro eletrônico por apenas um mês dias já é capaz de gerar problemas respiratórios severos em adultos, segundo estudo. Para crianças em desenvolvimento o risco pode ser ainda maior.

O bebê, que está vestido com uma blusa e fralda, chega a chamar por "Nanny" (que significa babá, traduzido do inglês). A criança, ao lado, que não aparece, começa a tossir e fala: "Você está me sufocando com o vapor".

De acordo com jornal britânico, a filmagem teria sido vazada de um grupo do Whatsapp. Em seguida, foi compartilhada no X (antigo Twitter), onde acumulou mais de 12 milhões de visualizações.

"Vapes estão arruinando essa geração. Por que os pais estão achando que isso é normal?", diz a legenda da publicação.

Riscos para a saúde

Pesquisadores do Center for Tobacco Research do The Ohio State University Comprehensive Cancer Center e da Southern California Keck School of Medicine, ambos dos Estados Unidos, descobriram que usuários de cigarros eletrônicos há 30 dias tiveram um risco 81% maior de apresentar um sintoma chamado chiado. Para esse grupo, também foi demostrado um risco 78% maior de sentir falta de ar e um risco 50% maior de apresentar sintomas de bronquite.

Apenas 30 dias de consumo dos chamados vapes podem gerar problemas respiratórios severos, mesmo em pessoas com boas condições de saúde e pouca idade, público que mais consome esse tipo de produto. No Brasil, todos os tipos de DEFs (dispositivos eletrônicos para fumar), como vape, pod, jull e até pendrive, são proibidos desde o ano de 2009.