Nas Filipinas, a polícia resgatou centenas de pessoas que foram forçadas a trabalhar para um centro especializado em “golpe do amor”, localizado em Bambán, cerca de 100 km ao norte de Manila, capital do país. De acordo com as autoridades locais, essas pessoas se passavam por amantes online.

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Ao todo, foram resgatados 383 filipinos, 202 chineses e outras 73 pessoas de diferentes nacionalidades. O centro de golpes se apresentava como uma empresa de jogos de azar na internet.

Os golpes na web se tornaram um problema crescente no sudeste asiático. São diferentes métodos, mas o “golpes do amor”, também conhecido como “abate de porcos”, é um dos que mais chamam atenção das autoridades. Basicamente, ele funciona com um golpista adotando uma identidade falsa buscando ganhar simpatia e confiança da futura vítima. Assim, vai manipulando a pessoa, na maioria das vezes, para investir em esquemas financeiros e/ou negócios falsos.

Fugindo do “amor”

A operação que resgatou centenas de pessoas em Bamban, começou por conta de uma denúncia recebida pela polícia filipina, no mês passado. Tratava-se de um homem, com cerca de 30 anos, que foi até o país por conta de uma suposta vaga de emprego como chefe de cozinha, porém, ao chegar o homem percebeu que havia caído num golpe, junto com outras centenas de pessoas.

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Segundo Winston Casio, porta-voz da comissão presidencial contra o crime organizado nas Filipinas, as pessoas presas no centro precisavam enviar fotografias e conversas com as futuras vítimas demonstrando carinho e interesse. No entanto, em 28 de fevereiro, um vietinamita escapou do centro e conseguiu entrar em contato com a polícia.

Na ação feita no centro de golpes, os policiais também apreenderam três escopetas, uma pistola 9 mm, dois revólveres calibre 38 e 42 cartuchos de munição. No entanto, as investigações continuam sem muitas novidades, pois as pessoas resgatadas estão em estado de choque.

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Em agosto do ano passado, a ONU estimou que centenas de milhares de pessoas foram traficadas no sudeste asiático, com o objetivo de trabalharem em golpes online. Boa parte delas, vítimas de promessas de empregos e futuro melhor. Enquanto isso, governos de toda a região trabalham em estratégias de combate aos crimes.