O documentário "Minute by minute: the Titan sub disaster" ("Minuto por Minuto: o desastre do submersível Titan", em tradução livre), que foi lançado na última quinta-feira (7) e ainda não está disponível em locais fora do Reino Unido, promete reconstituir os últimos momentos da embarcação criada pela empresa Ocean Gate, que vitimou os cinco passageiros que tentavam chegar aos destroços do Titanic — turistas que pagaram US$ 250 mil (cerca de R$ 1,1 milhão) para se aproximar de destroços do navio Titanic.

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Entre as grandes revelações da produção, está que dois dos cinco passageiros tinham noção do problema. Dividido em duas partes, o documentário produzido pela rede televisão britânica Channel 5 traz gravações da Força Aérea Canadense e entrevistas com especialistas em mergulho em alto mar.

"Havia cinco pessoas a bordo. Entre esse grupo, três eram efetivamente turistas, e duas cultivavam extrema competência em submersíveis de águas profundas. Esses últimos eram Paul-Henri Nargeolet, um submarinista muito qualificado e experiente, e Stockton Rush (presidente-executivo americano da empresa responsável pela embarcação). Os dois saberiam exatamente o que estava acontecendo", revela Dik Barton, pioneiro britânico em mergulhos no Titanic e vice-presidente de operações da empresa RMS Titanic Inc. O depoimento foi publicado pelo jornal britânico "Express".

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"Acho que os sinais reveladores foram que, depois de uma hora, o perfil do mergulho estava começando a tomar um curso errado", acrescenta o especialista. "Então, você pode começar a juntar os pontos... Seja lá o que fosse, havia algo errado, e seria necessário realizar todos os esforços à disposição para trazer o Titan à superfície", complementa Barton.

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O que dizem os áudios reveladores do submarino Titan?

Produzido pela rede televisão britânica Channel 5, o documentário inédito no Brasil mostra o áudio captado pela primeira vez por um avião da Força Aérea canadense durante as operações de buscas. Os agentes revelaram que os sons detectados eram emitidos a cada 30 minutos. Na época, o capitão da Guarda Costeira Jamie Frederick disse: "Com relação aos ruídos, para ser franco, não sabemos o que são".

Segundo a emissora americana CBS News, uma análise da Marinha dos EUA afirmou que os ruídos eram provavelmente do oceano ou de outros navios de busca. Os agentes acreditavam que a implosão teria destruído a embarcação quase instantaneamente, o que não deixaria chance dos tripulantes sobreviverem.

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À época, a Guarda Costeira dos EUA lançou uma investigação para entender a causa da implosão subaquática. Especialistas afirmam que a embarcação não era adequada para alcançar tanta profundidade. De acordo com peritos, o casco de fibra de carbono do submarino não era compatível para o propósito. A janela de visualização da embarcação também não havia sido certificada para mergulhos do tipo.

Destroços e supostos restos humanos do submersível Titan foram recuperados e devolvidos à terra. Os cinco passageiros da embarcação foram dados como mortos.

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Os restos do Titan foram encontrados num campo de ruínas no fundo do mar, a 500 metros da proa do Titanic. O naufrágio fica a quase quatro quilômetros abaixo da superfície do oceano e a mais de 640 quilômetros da costa de Terra Nova, no Canadá.

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Como aconteceu o acidente?

Foi o cargueiro Polar Prince, de bandeira canadense, que rebocou o Titan para o mar no fim de semana do desaparecimento, mas perdeu contato com ele cerca de 1 hora e 45 minutos depois que o submersível foi lançado nas profundezas do oceano.

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As vítimas foram o empresário britânico Hamish Harding; o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood; o fundador da OceanGate Stockton Rush; e o ex-comandante da Marinha Francesa Paul-Henry Nargeolet.