Internacional
Milhares de israelenses protestam em Jerusalém pela libertação de reféns do Hamas
Marcha de quatro dias acontece enquanto as discussões sobre um cessar-fogo ainda estão pendentes, com uma delegação do Hamas indo ao Cairo no mesmo dia para negociar um acordo
Após marcharem por quatro dias, milhares de israelenses chegaram neste sábado em Jerusalém exigindo do governo de Israel um acordo para a libertação de reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas em Gaza. Os protestos acontecem enquanto as conversas sobre um cessar-fogo seguem pendentes, com uma delegação do Hamas indo ao Cairo, no Egito, no mesmo dia para negociar as tratativas com os mediadores do conflito.
Os manifestantes iniciaram a marcha na quarta-feira, no kibbutz de Re'im, onde 364 pessoas foram mortas pelo grupo islâmico durante uma rave, e espera-se que a multidão chegue ainda neste sábado na Praça Paris, perto da residência oficial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na capital.
Durante a noite, os manifestantes participaram de um comício próximo à residência do premier, iniciando com um momento de silêncio pelas vítimas e orações pela segurança dos soldados e reféns. O líder da oposição, Yair Lapid, disse durante a marcha que Israel "não pode viver com a ideia de que os reféns não voltarão", e que se eles não retornarem, o Estado terá "traído seus valores".
Catar, Egito e Estados Unidos estão tentando chegar a um acordo entre o Hamas e Israel que inclua uma trégua de seis semanas e a libertação de reféns em troca da libertação de prisioneiros palestinos detidos por Israel. Segundo um alto funcionário dos EUA, o acordo está "sobre a mesa" para negociações e que agora "a bola está no campo do Hamas" para que entre em vigor.
— Os israelenses aceitaram mais ou menos. E hoje [sábado], um cessar-fogo de seis semanas em Gaza poderia começar se o Hamas concordasse em libertar uma categoria bem definida de reféns vulneráveis — disse a autoridade dos EUA aos repórteres no Cairo, especificando que, no momento, "as discussões continuam" para selar um acordo antes do início do Ramadã, a celebração mais sagrada do Islã, dentro de uma semana.
No início desta semana, uma fonte próxima do movimento palestino disse que o Hamas propôs libertar um refém por dia em troca de dez prisioneiros palestinos, durante 42 dias.
O conflito entre Israel e o Hamas eclodiu em 7 de outubro, quando comandos islamistas mataram cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 240 no sul de Israel, segundo dados israelenses. Em resposta, Israel lançou uma operação aérea e terrestre para "aniquilar" o Hamas, que deixou mais de 30.300 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do enclave.
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