Internacional

Alckmin diz que ataque 'perpetrado por forças militares israelenses' em Gaza é 'inconcebível'

Vice-presidente usou as redes sociais para comentar episódio em que mais de 100 pessoas foram mortas durante entrega de ajuda humanitária

Agência O Globo - 02/03/2024
Alckmin diz que ataque 'perpetrado por forças militares israelenses' em Gaza é 'inconcebível'
Alckmin - Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

O vice-presidente Geraldo Alckmin usou as redes sociais nesta sexta-feira para criticar Israel no episódio em que mais 100 pessoas foram mortas durante entrega de ajuda humanitária, nesta quinta-feira, na Faixa de Gaza.

Autoridades palestinas acusaram Israel de disparar contra as multidões na Faixa de Gaza, deixando ao menos 112 mortos e 760 feridos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, que é controlado pelo grupo terrorista Hamas. As Forças Armadas de Israel negaram a acusação, afirmando que as mortes decorreram de tumultos durante a entrega de alimentos, admitindo apenas disparos pontuais em direção a um grupo de palestinos que os soldados avaliaram como sendo uma ameaça.

"Fiquei absolutamente chocado com a notícia do ataque contra civis palestinos na Faixa de Gaza, perpetrado por forças militares israelenses, que vitimou dezenas de pessoas e feriu outras centenas. Obstar o acesso de indivíduos à ajuda humanitária é inconcebível sob qualquer perspectiva, e abrir fogo contra civis viola os preceitos mais básicos de humanidade", escreveu o vice-presidente nas redes sociais.

Alckmin também afirmou que é necessário defender a paz e endossou as críticas do presidente LUla à guerra entre Israel e Hamas.

"Lutar pela paz, como defende o presidente Lula, não é mais uma opção, mas um imperativo ético que deve orientar todos os esforços da comunidade internacional neste momento. É preciso dar o primeiro passo no caminho da paz: cessar-fogo imediato, libertação dos reféns e entrada de assistência humanitária", completou.

Mais cedo, Lula disse que Israel impõe ao povo palestino uma "punição coletiva" e que os países da Celac precisam dizer um "basta" ao que chamou de "carnificina".