Na tarde de sexta-feira, 1º, Adalberon de Moraes, de 68 anos, e ex-prefeito de Satuba, encontrou um fim trágico ao ser baleado no Centro de Maceió. Conhecido por sua trajetória controversa na política alagoana, Moraes carregava em seu histórico acusações sérias, incluindo corrupção, estupro, assédio e envolvimento em homicídios, ganhando notoriedade nas manchetes dos anos 90.

Destacando-se entre as acusações, em 1997, Moraes enfrentou alegações de estar por trás da morte de várias pessoas, incluindo Jeams Alves dos Santos, assessor parlamentar, Gizele Suplime dos Santos, feirante, e Carlos André Fernandes, motorista. O caso mais notório, porém, foi o assassinato do professor Jorge Bandeira, que se tornou um marco pela brutalidade e suposta motivação política. Bandeira foi sequestrado, torturado, acorrentado e morto carbonizado em seu carro na zona rural de Satuba, logo após receber uma chamada da prefeitura, local onde era um crítico vocal da administração de Moraes. Em resposta às acusações, o então prefeito sugeriu que Bandeira poderia ter cometido suicídio.

Moraes, negando envolvimento no crime, foi eventualmente condenado a 34 anos de reclusão por ser considerado o mentor intelectual do homicídio de Bandeira. Posteriormente, ele foi liberado para cumprir pena em regime semiaberto, tentando sem sucesso retomar sua carreira política e atuando no setor empresarial.

Detalhes do Assassinato de Moraes

Adalberon de Moraes Barros foi alvejado dentro de um veículo no coração de Maceió, no fim da tarde desta sexta-feira, 1º. De acordo com as investigações preliminares do portal Alagoas 24 horas, o ex-prefeito foi atingido no ombro, recebendo socorro imediato, mas sucumbiu aos ferimentos graves que sofreu.