Internacional
Em crítica à morte de palestinos em Gaza, Petro acusa Israel de 'genocídio' e faz referência ao Holocausto
Presidente colombiano disse que vai suspender as compras de armas de Israel, meses depois dos israelenses anunciarem suspensão de 'exportações de segurança'
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusou Israel de “genocídio” e comparou a morte de dezenas de palestinos que tentavam conseguir alimentos nos arredores da Cidade de Gaza, na madrugada desta quinta feira, ao Holocausto nazista na Segunda Guerra Mundial. O episódio provocou uma troca de versões entre israelenses e palestinos, e serviu para o líder colombiano voltar a atacar Israel.
“Pedindo comida, mais de 100 palestinos foram assassinados por Netanyahu. Isso se chama genocídio, e também nos lembra do Holocausto, embora os poderes mundiais não gostem de reconhecer isso. O mundo deve bloquear [Benjamin] Netanyahu [premier de Israel]. A Colômbia suspende todas as compras de armas de Israel”, escreveu Petro no X, o antigo Twitter.
Ainda não houve resposta do lado israelense.
Biden diz que mortes em entrega de ajuda em Gaza complicam negociações de cessar-fogo; Conselho de Segurança é convocado
Em crise diplomática com Israel, Lula volta a falar de Gaza e afirma que Brasil 'não tem contencioso com nenhum país'
O presidente colombiano tem feito duras críticas a Israel desde o início da ofensiva militar contra o grupo terrorista Hamas em Gaza, depois dos ataques de 7 de outubro de 2023, que deixaram 1,2 mil mortos no país. Um dia depois da invasão do Hamas, Petro foi ao X fazer declarações igualmente condenadas por Israel, traçando similaridades entre a Alemanha nazista e a relação entre israelenses e os palestinos em Gaza e na Cisjordânia.
“Se tivesse vivido na Alemanha dos anos [19]33, eu teria lutado ao lado dos judeus, e se tivesse vivido na Palestina de 1948 teria lutado ao lado palestino. Agora os neonazistas querem a destruição do povo, da liberdade e da cultura palestina. Agora os democratas e progressistas queremos que se imponha a paz e que sejam livres os povos israelenses e palestinos”, escreveu no dia 8 de outubro de 2023.
Após mortes de palestinos, ministro de Israel diz que ação do Exército foi 'excelente' e defende fim de ajuda a Gaza
30 mil mortos em 5 meses de guerra: Entenda como o Ministério da Saúde do Hamas calcula as vítimas em Gaza
Nos dias seguintes, ele voltou a fazer referências à Alemanha nazista e ao Holocausto, tentando encontrar similaridades com o contexto atual. Em resposta, o governo israelense, além de postagens críticas, anunciou a suspensão das “exportações de segurança” a Bogotá, e Petro disse que “se tiver que suspender relações com Israel elas serão suspensas”, acrescentando que “não apoia genocídos”. Em novembro, ele chamou a embaixadora colombiana em Israel para consultas, mas não rompeu oficialmente os laços com Israel, como fez a Bolívia, no final de outubro.
Vídeo: Palestinos correm para o mar após ajuda humanitária cair de avião em Gaza
Petro foi um dos poucos líderes internacionais a sair em defesa do presidente Lula após a comparação por ele feita entre a operação militar israelense em Gaza e o Holocausto.
“Expresso minha total solidariedade ao Presidente Lula do Brasil. Em Gaza há um genocídio e milhares de crianças, mulheres e idosos civis são cobardemente assassinados. Lula só falou a verdade e defende-se a verdade ou a barbárie nos aniquilará”, disse Petro, no dia 20 de fevereiro, no X.
Mais lidas
-
1BRINCANDO COM O POVO
Inscrições do "Minha Casa, Minha Vida" em Palmeira deixam cidadãos sem comprovante: Denúncia levanta suspeitas sobre falta de transparência
-
2TELEVISÃO
Bastidores: filho de Faustão não agrada e perde audiência na Band; saiba os motivos
-
3REABILITAÇÃO
Joãozinho Pereira tem alta depois de ficar 72 dias internado em São Paulo
-
4HIPISMO
Amadora no hipismo, Shanna Garcia sonha com parceria para ser amazona de elite
-
5
Citroën leva toda a família com o C3 Aircross