Internacional
Médicos não acham veia para aplicar injeção letal, e execução de detento é adiada nos EUA
Thomas Creech, de 73 anos, está há mais de 40 no corredor da morte por ter assassinado colega de cadeia
A execução de um assassino em série no estado americano de Idaho foi cancelada nesta quarta-feira (28), depois que a equipe médica tentou diversas vezes injetar a substância letal.
Thomas Creech, 73, permaneceu na câmara de execução por uma hora, enquanto a equipe tentava inserir o acesso intravenoso para administrar as drogas que tirariam a sua vida, informaram funcionários da prisão e testemunhas.
Segundo o diretor do Departamento de Correção de Idaho (Idoc), Josh Tewalt, a execução foi cancelada após oito tentativas de inserir o acesso nos braços e pernas de Creech.
"Não temos uma ideia dos prazos nem dos próximos passos para uma nova tentativa de execução, disse Tewalt na Instituição de Segurança Máxima de Idaho, ao sul da capital, Boise.
Brenda Rodríguez, repórter do canal local KTVB, relatou que Creech não parecia sentir nenhuma dor intensa, embora, em determinado momento, ele tenha comentado que suas pernas incomodavam um pouco. "Quando a execução foi interrompida, ele estava olhando para cima", contou a jornalista, autorizada a participar como testemunha. "Também se sentiu como se estivesse aliviado", acrescentou.
Creech, que permaneceu no corredor da morte por mais de 40 anos e que seria a primeira pessoa executada em Idaho em mais de uma década, foi condenado à morte por matar seu companheiro de cela em 1981.
A última execução que fracassou antes disso nos Estados Unidos havia sido a do assassino Kenneth Smith no Alabama, em novembro de 2022, por injeção letal. Ele acabou sendo executado em janeiro passado, com nitrogênio.
A maioria das execuções que fracassaram nos Estados Unidos envolveram dificuldade na hora de inserir as agulhas, segundo o Centro de Informações sobre a Pena de Morte. Entretanto, o estado do Texas pretende executar hoje por injeção letal Iván Cantú, 50, condenado em 2001 pelo assassinato, no ano anterior, de seu primo e da noiva dele.
Segundo pesquisa recente do instituto Gallup, 53% dos americanos apoiam a pena de morte para condenados por assassinato.
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