Internacional
Assassinato de candidato à Presidência do Equador foi planejado na prisão pela gangue Los Lobos, diz promotora
Seis membros da facção foram acusados de participar no crime; Fernando Villavicencio, de 59 anos foi morto em agosto com três tiros na cabeça
Promotores que investigam a morte do candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio acusaram formalmente membros da gangue Los Lobos pelo assassinato do político, ocorrido em agosto. Nesta terça-feira, a promotora Ana Hidalgo apresentou um parecer acusatório contra seis detidos que estão sendo processados pelo crime. Villavicencio foi morto a tiros enquanto deixava um comício de campanha na capital, Quito, dias antes da eleição de 2023.
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Hidalgo indicou que, após a coleta de provas como vídeos, ligações, rastreamentos e boletins policiais, foi determinado que a ordem para o assassinato saiu da prisão de Latacunga, onde operam membros da quadrilha Los Lobos, à qual pertencem alguns dos processados pelo crime. Segundo ela, o líder da gangue, Carlos Angulo, planejou o assassinato de dentro de sua cela. Também acusada e considerada “coautora” do crime estava Laura Castillo.
— As mensagens foram enviadas por Carlos Angulo a Johan Castillo, um dos envolvidos no crime, morto naquele mesmo dia — disse.
A promotora afirmou que Laura Castillo, identificada pelo Ministério Público como integrante da gangue, era responsável por fornecer a logística e informações sobre os locais onde Villavicencio se encontrava. Os outros réus são Erick Ramírez, motorista de Castillo; Víctor Flores, guarda-costas de Castillo; e Alexandra Chimbo e Óscar Fierro, que rastrearam os movimentos de Villavicencio no dia do assassinato.
Na audiência desta terça-feira, os promotores revelaram que Castillo e Ramírez foram presos horas antes da morte do político, mas em uma investigação não relacionada. Eles estavam dirigindo um veículo roubado e usando camisetas da campanha do candidato. Segundo investigadores, ambos haviam visitado o local do comício na noite anterior ao crime. Depois, relataram as informações para Angulo, que enviou vídeos para Johan Castillo, pistoleiro colombiano que matou Villavicencio.
Após o assassinato do político, 13 pessoas foram inicialmente processadas, mas sete delas foram assassinadas entre 6 e 7 de outubro de 2023 em duas prisões no Equador. A juíza Irene Pérez resolveu nesta terça-feira encerrar a ação penal contra os mortos, considerando que suas mortes foram confirmadas pelas autoridades equatorianas e colombianas (já que seis deles eram da Colômbia).
Los Lobos
Logo após o assassinato do candidato, a facção criminosa Los Lobos divulgou um áudio que dizia: “Toda vez que políticos corruptos não cumprem suas promessas quando recebem nosso dinheiro, serão demitidos”. A gangue é uma das maiores do Equador, com mais de 8 mil integrantes distribuídos pelas prisões do país. O grupo esteve envolvido em vários massacres sangrentos, que deixaram mais de 315 presos mortos no sistema carcerário só em 2021, e atua principalmente com tráfico de drogas e mineração ilegal.
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