Internacional

Moscou adotará 'contramedidas' após avanço no processo para entrada da Suécia na Otan, diz embaixada russa

Medidas serão de natureza 'política e técnico-militar'; representação alega que entrada de Estocolmo trará instabilidade para o norte da Europa e no Mar Báltico

Agência O Globo - 28/02/2024
Moscou adotará 'contramedidas' após avanço no processo para entrada da Suécia na Otan, diz embaixada russa
Rússia

A embaixada da Rússia em Estocolmo disse que o Kremlin tomaria "contramedidas" frente à adesão da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em uma mensagem publicada em seu canal Telegram na noite de terça-feira.

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"A Rússia tomará contramedidas de natureza política e técnico-militar para minimizar as ameaças à sua segurança nacional", em reação ao fato do reino escandinavo se tornar o 32º membro da Aliança Atlântica, escreveu a sede diplomática russa.

O conteúdo de tais contramedidas "dependerá das condições e do escopo da adesão da Suécia à Otan, incluindo o possível envio de tropas, recursos e armas da Otan" para o país, acrescentou.

A Suécia obteve o endosso do parlamento húngaro para se tornar membro da aliança na segunda-feira, removendo o último obstáculo ao processo de adesão que começou há dois anos.

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O país solicitou a adesão à Otan após a invasão da Ucrânia pela Rússia, e sua adesão encerra mais de 200 anos de não alinhamento militar.

"A entrada da Suécia em uma aliança militar hostil à Rússia terá consequências negativas para a estabilidade no norte da Europa e ao redor do Mar Báltico, que é o nosso espaço comum" e que nunca será um "lago da Otan", acrescentou a embaixada russa.

Com a adesão da Suécia e da Finlândia no ano passado, todos os países que fazem fronteira com o Mar Báltico, com exceção da Rússia, agora são membros da aliança.

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Isso levou alguns observadores a se referirem ao Mar Báltico como o "lago da Otan", onde os aliados poderiam restringir significativamente os movimentos da frota russa no caso de um conflito.

Desde 2014, a ampliação da aliança foi listada entre as "principais ameaças externas" na doutrina militar de Moscou, um documento que determina a política de defesa russa.