Internacional
Guerra na Ucrânia: Yellen defende que recursos russos no mundo sejam desbloqueados mobilizados para Kiev
Em São Paulo, secretária do Tesouro americano pediu apoio dos líderes globais para acessar recursos da Rússia alocados no mundo; ela também pediu que Israel
Em evento do G20, em São Paulo, a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, pediu apoio de líderes globais para que os recursos da Rússia alocados no exterior sejam desbloqueados e usados para financiar a resistência ucraniana e ajudar o país no longo prazo.
—Eu acredito que o G7 deve trabalhar em conjunto para explorar uma série de estratégias que foram sugeridas para destravar a riqueza econômica da Rússia — afirmou Yellen.
À medida que o conflito chega ao terceiro ano, ela também reforçou o apoio financeiro americano ao governo de Kiev. Sob forma de instrumentos financeiros e dinheiro, a estimativa é que a Rússia tenha quase US$ 300 dólares alocados em países do G7, na Austrália e na União Europeia. Mais de dois terços desse valor foi bloqueado pelo bloco europeu. A secretária lembrou que há riscos financeiras para a medida, mas destacou que o governo americano estuda medidas para mitigá-los:
—Tem riscos (o acesso a recursos russos bloqueados) . A estabilidade financeira é um deles e estamos trabalhando para reduzir esses esses riscos e encaminhar possíveis soluções.
Ela acrescentou que a medida seria "uma resposta decisiva à ameaça sem precedentes da Rússia à estabilidade global" e que ajudaria a forçar Putin a sentar na mesa de negociação para por fim ao conflito.
Em sua primeira fala na visita ao Brasil, Yellen também reforçou as medidas tomadas pelos EUA até aqui contra a guerra travada por Putin. Ela citou a implementação de sanções ao país, incluindo contra instituições financeiras que apoiam as forças militares russas e também a aprovação, pelo Congresso americano, de ajuda adicional de US$ 250 milhões dos EUA à Ucrânia.
— Quando Putin invadiu a Ucrânia pela primeira vez, ele acreditava que poderia assumir o controle facilmente. Ele falhou por duas razões. Primeiro, devido à força, compromisso e resiliência do povo ucraniano. E segundo, devido aos esforços e recursos da ampla coalizão global que tem apoiado a Ucrânia.
Carta de apelo a Netanyahu
Ao endereçar riscos globais, Yellen também tratou da guerra de Israel contra o Hamas e fez um apelo para o governo de Benjamin Netanyahu adote medidas para aliviar medidas de aperto econômico tomadas contra a Cisjordânia.
— Descrevi recentemente, numa carta ao primeiro ministro Netanyahu, uma série de medidas que os Estados Unidos acreditam que devem ser tomadas, incluindo o restabelecimento das autorizações de trabalho para os palestinianos e a redução das barreiras ao comércio na Cisjordânia. Estas acções são vitais para o bem-estar económico tanto dos palestinianos como dos israelitas.
Yellen veio ao Brasil para participar da primeira reunião de ministros das Finanças e chefes de bancos centrais organizada sob a presidência do Brasil no G20, que começa amanhã. Nesta terça-feira, ela tem um encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que acontecerá via teleconferência.
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