Internacional
Trump recorre de multa de R$ 1,7 bilhão por caso de fraude financeira
Advogados alegam que juiz do caso 'cometeu erros de lei e/ou de fato, abusou de sua discrição e/ou agiu além de sua jurisdição'
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, seus filhos adultos e dois ex-funcionários da Organização Trump recorreram da multa de US$ 355 milhões (R$ 1,7 bilhão) imposta contra eles no processo de fraude civil da Procuradoria-Geral de Nova York, conforme mostraram os documentos judiciais nesta segunda-feira. A sentença foi dada há 10 dias, após descobrirem que eles manipularam os valores de suas propriedades para obter condições de empréstimo favoráveis de forma fraudulenta.
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O recurso foi apresentado pelos Trump nesta segunda-feira, o primeiro dia útil após o juiz Arthur Engoron ter oficializado a sentença. O veredito foi publicado no registro do tribunal na sexta-feira, uma semana depois de Engoron ter considerado Trump, Donald Trump Jr. e Eric Trump responsáveis por fraude no processo civil movido pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James.
Na apelação, os advogados afirmam que estavam recorrendo da sentença em dinheiro e de outras medidas, incluindo as proibições de atuarem como diretores de corporações em Nova York, incluindo a própria Organização Trump, por um período de dois a três anos. Também alegam que o juiz "cometeu erros de lei e/ou de fato, abusou de sua discrição e/ou agiu além de sua jurisdição".
Não ficou imediatamente claro como Trump planejava cobrir o dinheiro necessário para a apelação.
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Se o recurso for negado, o ex-presidente terá de pagar a fiança em dinheiro ou dar garantias financeiras para cobrir os US$ 355 milhões e mais cerca de US$ 100 milhões em juros da multa, totalizando US$ 455 milhões (R$ 2,26 bilhões). Já seus filhos foram condenados a pagar, cada um, mais de US$ 4 milhões em ganhos que receberam indevidamente por causa da fraude.
Trump, que também enfrenta 91 acusações criminais em quatro processos criminais, aproveitou seus problemas legais para animar seus apoiadores e denunciar seu provável oponente, o presidente Joe Biden, alegando que os processos são "apenas uma forma de me prejudicar na eleição".
A apelação significa que o caso e o risco financeiro significativo que ele acarreta continuarão durante a campanha presidencial e, possivelmente, após a votação de novembro.
Engoron disse em sua decisão de 16 de fevereiro que as penalidades financeiramente devastadoras são justificadas pelo comportamento de Trump.Ele negou um pedido de Trump para adiar a sentença por 30 dias, dizendo que eles não explicaram ou justificaram um motivo para isso.
"Sua completa falta de contrição e remorso beira o patológico", disse Engoron sobre Trump e seus dois filhos, que também eram réus, em sua decisão contundente. "O presidente Donald J. Trump, Donald Trump Jr., Eric Trump e Allen Weisselberg... por meio desta apelam para a Divisão de Apelação."
Foi como incorporador imobiliário e empresário em Nova York que Trump construiu seu perfil público, que ele usou como trampolim para o setor de entretenimento e, por fim, para a presidência. (Com AFP)
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