Política
Em meio a pressão por operações na Câmara, Lira 'dá bronca' em Zambelli, que optou por receber intimação do STF
Recebimento do documento foi suficiente para que bolsonaristas compartilhassem a notícia falsa de que Zambelli havia sido intimada pela PF
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), repreendeu a deputada Carla Zambelli (PL-SP) por ter optado por receber um ofício do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, no plenário da Casa Legislativa. O documento em questão intimava a parlamentar a apresentar sua defesa na ação em que ela é ré por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. A reprimenda de Lira a Zambelli ocorreu em meio a pressões que o presidente da Câmara tem sofrido de membros de vários partidos por um posicionamento mais enfático em relação às recentes operações da Polícia Federal no Congresso.
O tema foi citado na primeira reunião de líderes do ano, realizada nesta terça. Na ocasião, Lira disse aos líderes que o Congresso precisa "chegar a um consenso" sobre o tema.
Lira pediu a Zambelli para que não volte a pedir para que intimações sejam entregues no plenário e compartilhou a proibição com outros deputados. De acordo com Zambelli, o oficial de Justiça a procurou em sua residência e também no gabinete, antes de ser orientado a ir ao plenário a pedido da deputada que acompanhava uma votação.
O recebimento do documento foi suficiente para que deputados bolsonaristas compartilhassem a notícia falsa de que Zambelli havia sido intimada pela PF e que isto teria ocorrido no mesmo dia em que um pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi apresentado por ela à Mesa Diretora da Câmara. A própria Zambelli desmentiu a informação publicada nas redes sociais do deputado Rodolfo Nogueira (PL-SP), por exemplo.
A deputada disse "não ter visto problema" em receber o documento.
— O oficial de Justiça me procurou em casa e também no gabinete. Eu não tinha como deixar a votação e ele veio até aqui. Tanto é que a sessão continuou correndo normalmente, não se tratou de um abuso da PF — disse.
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