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Greve de funcionários fecha Torre Eiffel, em Paris, e turistas reclamam: 'Teríamos mudado a data'

Placa em frente ao monumento comunica que local está fechado e pede desculpas aos visitantes

Agência O Globo - 19/02/2024
Greve de funcionários fecha Torre Eiffel, em Paris, e turistas reclamam: 'Teríamos mudado a data'
Paris - Foto: Reprodução

O fechamento da Torre Eiffel devido a uma greve convocada pela administração do local, nesta segunda-feira, deixou "devastados" alguns visitantes que vieram de longe à França para ver uma das maiores atrações turísticas do mundo.

— Teríamos mudado a data se soubéssemos que havia um problema com os trabalhadores — disse Gabriel Mimica, um argentino de 42 anos que se disse “surpreso” com a greve. — Viemos com toda a expectativa e entusiasmo de ver a torre, descemos do táxi e nada, vimos a placa — explicou o homem, que veio a Paris pela primeira vez com a família.

Courtney Scott, viajando com seu companheiro, disse que estava “arrasada”.

— Deixámos o nosso bebé em casa para nos permitirmos esta escapadela romântica e não podemos subir — lamentou a irlandesa de 30 anos.

A greve foi decidida pelos dois sindicatos dos funcionários do monumento na capital francesa, CGT e FO, para “denunciar a actual gestão” que está a conduzir a SETE, empresa que explora a torre, “para a situação mais difícil”.

Ambos os sindicatos têm como alvo principal a Câmara Municipal de Paris, acionista maioritário da empresa, que, segundo eles, impõe um modelo de negócio “insustentável” devido ao desequilíbrio entre receitas e despesas, agravado pela crise da covid-19.

A Torre Eiffel, monumento mais famoso de Paris, recebeu 6,3 milhões de visitantes em 2023, número superior ao de 2019, antes da pandemia.

Construída em 1889 para a Feira Mundial de Paris, a Torre Eiffel rapidamente se tornou o símbolo da capital francesa.

Seu construtor, o engenheiro Gustave Eiffel, nasceu em 15 de dezembro de 1832 em Dijon e faleceu em 27 de dezembro de 1923 em Paris, aos 91 anos.

A torre provavelmente permanecerá fechada durante toda a segunda-feira, e uma nova assembleia geral deverá decidir na terça-feira se a greve deve ou não continuar.