Internacional
Maior hospital de Khan Younis deixa de ser funcional após invasão de Israel, diz OMS
Complexo Médico Nasser ainda abriga 200 pacientes, mas ao menos 20 precisam ser transferidos para outras unidades com urgência

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, neste domingo, que o Complexo Médico Nasser, o maior hospital de Khan Younis, no sul de Gaza, “não é mais funcional”. Invadido na última quinta-feira por tropas israelenses, o local ainda abriga 200 pacientes, sendo que ao menos 20 precisam ser transferidos para outros hospitais com urgência. Militares de Israel afirmaram que suas tropas continuam a operar na unidade e em áreas próximas.
Contexto: Exército de Israel invade maior hospital de Khan Younis, e uma pessoa morre
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“O hospital Nasser em Gaza não está mais funcional, depois de um cerco de uma semana ser seguido por um ataque contínuo. Tanto ontem como anteontem, a equipe da OMS não foi autorizada a entrar no hospital para avaliar as condições dos pacientes e as necessidades médicas críticas”, escreveu Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, no X. Esta não é a primeira vez que unidades hospitalares são alvos de soldados israelenses, que acusam o Hamas de usar a população como “escudo”.
Na semana passada, militares de Israel ordenaram a evacuação de milhares de pessoas deslocadas que estavam abrigadas no hospital. O porta-voz das Forças Armadas de Israel (FDI), Daniel Hagari, disse ter “informações confiáveis de uma série de fontes, inclusive de reféns libertados”, de que o Hamas já havia mantido sequestrados no hospital, e que os corpos poderiam estar no local. Os militares, no entanto, não divulgaram as evidências.
As FDI invadiram o hospital na quinta-feira, forçando o deslocamento dos palestinos que haviam procurado refúgio no local. Ao todo, cerca de 100 pessoas foram detidas na unidade. Mas, mesmo antes da operação, médicos e autoridades de saúde disseram que algumas pessoas que tentaram sair do complexo foram mortas. Segundo o Ministério da Saúde do enclave palestino, “a ocupação israelense invadiu o hospital e o transformou num quartel militar”.
Até então, o Nasser era o maior hospital em funcionamento no enclave. Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, disse em comunicado que as FDI detiveram 70 profissionais médicos e “dezenas de pacientes”. Apenas 25 funcionários permaneceram no complexo. O hospital não pode mais atender pacientes que precisam de cuidados intensivos e foi ainda mais prejudicado por cortes de água e eletricidade. A invasão ocorre num momento em que o Exército israelense tem enfrentado críticas por suas ações contra hospitais em Gaza.
Nasser tornou-se um foco da ofensiva terrestre de Israel contra o Hamas no sul de Gaza, e nos últimos dias médicos afirmaram que bombardeios se aproximaram do local. Na quarta, após as FDI ordenarem que os civis que se abrigavam no hospital evacuassem, centenas de palestinos fugiram, embora não estivesse claro para onde poderiam ir num território atingido por ataques aéreos e repleto de combates.
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