Internacional
UE e EUA culpam a Rússia por morte de Alexei Navalny
Serviço Penitenciário Federal russo afirmou que causas da morte estão sendo investigadas; caso provocou reação mundial
A morte de Alexei Navalny, principal opositor do presidente russo Vladimir Putin, teve repercussão mundial. Aos 47 anos, ele estava preso em uma colônia no Ártico, onde cumpria pena de 19 anos por “extremismo”. Nesta sexta-feira, o Serviço Penitenciário Federal do país declarou que Navalny “sentiu-se mal após uma caminhada, perdendo quase imediatamente a consciência”. O órgão afirmou que as causas da morte estão sendo investigadas. Porta-voz do detento, Kira Yarmysh, disse que ainda não tem “nenhuma confirmação” sobre o ocorrido.
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Nas redes sociais, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, escreveu que “Alexei Navalny lutou pelos valores da liberdade e da democracia”, e que, “por seus ideais, ele fez o sacrifício supremo”. Ele acrescentou que “a União Europeia responsabiliza o regime russo por esta morte trágica”. A Casa Branca afirmou que, se confirmada, a morte de Navalny seria “uma terrível tragédia”. À NPR, Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional do presidente americano Joe Biden, pontuou que “o longo e sombrio” histórico do Kremlin de assediar seus opositores “levanta questões reais e óbvias sobre o que aconteceu”.
O ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide, reforçou que Moscou carrega “uma grande responsabilidade” pelo caso. O primeiro-ministro britânico, RIshi Sunak, disse que o incidente é “uma enorme tragédia” para o povo da Rússia. Na Ucrânia, o assessor presidencial Andriy Yermak disse que Putin “teme qualquer competição”. Ele escreveu que o líder é “o mal supremo”, e que “a vida dos russos não significa nada para ele”. “Todos que pedem por negociações [sobre a guerra na Ucrânia] devem perceber que ele não pode ser confiável. A única linguagem que ele entende é a força”, continuou.
O chanceler francês, Stephane Sejourne, ressaltou que Navalny “pagou com a via a sua resistência a um sistema de opressão”. Ele expressou condolências à família do opositor e ao povo russo, pontuando que a morte do detento é um lembrete sobre “a realidade do regime de Vladimir Putin”. Na sequência, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, exigiu que sejam esclarecidas as circunstâncias da morte. O presidente da Letônia, Edgars Rinkevics, disse que Navalny foi “brutalmente assassinado”.
“Independentemente do que você pensa sobre Alexei Navalny como político, ele foi brutalmente assassinado pelo Kremlin. Isso é um fato e isso é algo que se deve saber sobre a verdadeira natureza do regime atual da Rússia”, escreveu Rinkevics nas redes sociais, oferecendo condolências aos familiares do opositor.
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