Internacional
Professor tenta vender arte de seus alunos na internet e desata críticas dos pais no Canadá; obras chegavam a R$ 513
Desenhos foram produzidos para um trabalho inspirado nas obras do artista norte-americano Jean-Michel Basquiat e poderiam ser adquiridos em centenas de itens
![Professor tenta vender arte de seus alunos na internet e desata críticas dos pais no Canadá; obras chegavam a R$ 513](http://img.dhost.cloud/AYN50nFPuKbt8voxbmihgPa5y7Y=/840x520/smart/s3.tribunadosertao.com.br/uploads/imagens/real-moedadinheiro-jfcrz-abr-1701220048-1-1.jpg)
Um professor de uma escola secundária em Montreal, no Canadá, atraiu a raiva e as críticas dos responsáveis após tentar vender e usar a arte de seus alunos em peças comercializadas no seu site pessoal. As obras, que aparentemente levam o nome de seus criadores, custam cerca de R$ 513 e poderiam ser adquiridas como print, mas também em cobertores, capinhas de celular e até cortina para box de banheiro.
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Tudo teria começado como uma tarefa rotineira no mês passado. Perron teria pedido aos alunos que produzissem uma obra de arte no estilo do artista plástico norte-americano Jena-Michel Basquiat. Segundo o jornal americano Washington Post, o professor ainda pediu que eles não copiassem o trabalho e avisou: "conheço muito o trabalho de Basquiat e devolverei os trabalhos copiados, pois serão considerados plágio". As últimas cinco palavras, informou o jornal, ainda teriam sido sublinhadas para das ênfase à informação.
A descoberta foi feita por um aluno, casualmente, enquanto fazia uma busca pelo nome de seu professor de artes na internet. As imagens, supostamente nomeadas com os nomes de seus criadores, como "Marina's Creepy Portrait" ou "Jacob's Creepy Portait", poderiam virar prints, mas também artigos para decoração da casa, vestuário, artigos de papelaria, acessórios para a praia e até bolsas.
A venda sem consentimento causou revolta de muitos pais e responsáveis. Segundo o Washington Post, uma carta foi enviada ao conselho escolar e ao professor na terça-feira, afirmando que Perron colocou as obras de arte na internet "sem o consentimento de seus criadores, de má fé e em violação de todas as leis relacionadas à propriedade intelectual de um artista".
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O pai de um aluno de 13 anos, Joel DeBellefeuille, deu início a uma ação legal. Nas redes, ele afirmou que o caso é "completamente insano" e afirmou ter "certeza" de que não é o "único responsável a querer respostas".
— Esse cara basicamente tinha sua própria pequena, sabe, oficina de crianças — disse DeBellefeuille ao jornal americano. — É uma loucura. Ainda estou incrédulo.
Outro responsável afirmou estar "extremamente enojado" com Perron e descreveu a ação como "inacreditável". Michel Bennet, como foi identificado pelo jornal britânico The Guardian, encontrou o trabalho das suas duas filhas à venda no site do professor.
— [Minhas filhas] se sentem traídas — afirmou.
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A notificação extrajudicial pede C$ 350 mil a Perron pela violação da lei de direitos autorais do Canadá, além de por danos morais e punitivos, alegando que os desenhos usados pelo professor "para fins comerciais levam o nome do aluno como autor, permitindo facilmente a identificação". O documento pede que o docente seja suspenso e que as obras sejam removidas do site.
O professor de artes — que segundo a emissora CTV News está na unidade de ensino desde 2019 — não retornou os contatos do Guardian. Já o conselho escolar afirmou ao jornal britânico, em um comunicado enviado na terça-feira, que estava "consciente da situação e levando as alegações muito a sério", e acrescentou que uma investigação está "em andamento". O conselho informou que não comentaria a situação.
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