O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse, nesta quarta-feira, que prefere o "previsível" Joe Biden a Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, mas assegurou que o Kremlin está preparado para trabalhar com qualquer um dos dois. O líder russo foi perguntado sobre a preferência de Moscou no provável duelo eleitoral de novembro entre o presidente em fim de mandato dos Estados Unidos e seu antecessor e favorito nas primárias republicanas.

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"Biden. Tem mais experiência. É previsível, é um político da velha guarda", respondeu Putin. O chefe do Kremlin, contudo, expressou sua oposição à política externa da Casa Branca sob Biden, que lidera a resposta ocidental à incursão militar de Moscou na Ucrânia. "O que temos que avaliar é a posição política, e a da atual administração é extremamente danosa e equivocada", garantiu Putin.

O presidente russo também minimizou a importância dos questionamentos sobre a saúde e a idade do líder democrata, que completará 82 anos semanas depois das eleições presidenciais.

"Quando me reuni com o senhor Biden há três anos, é verdade, as pessoas já falavam sobre sua incapacidade, mas eu não vi nada nesse sentido", afirmou Putin.

As pesquisas de opinião nos Estados Unidos indicam que existe preocupação pela idade de Biden, que, nas últimas semanas, confundiu os nomes de líderes europeus atuais com seus antecessores já falecidos.

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A Casa Branca defendeu com veemência a competência do presidente na semana passada, depois de um relatório de um promotor especial que o descrevia como um "idoso bem-intencionado e com memória ruim". O próprio Biden respondeu irritado ao relatório e defendeu que sua "memória é boa", mas acabou cometendo um deslize nesse momento ao chamar de presidente do México o mandatário egípcio Abdel Fattah al Sissi.

O republicano Trump, de 77 anos, também confundiu recentemente sua última adversária nas primárias, Nikki Haley, com a ex-presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi.

Ao contrário de Biden, que é bastante crítico de Putin, Trump já manifestou diversas vezes sua admiração pelo líder do Kremlin e, recentemente, insinuou que incentivaria a Rússia a atacar qualquer país da Otan que não contribuir o suficiente para a aliança militar.