Internacional
Israel resgata 2 reféns do Hamas em Gaza após série de ataques
Exército israelense admitiu ter usado 'intenso poder de fogo' na operação; bombardeios deixaram ao menos 100 pessoas mortas, segundo Ministério da Saúde palestino
Pela primeira vez em mais de quatro meses de guerra em Gaza, o Exército de Israel libertou nesta segunda-feira dois reféns em uma operação de resgate: Fernando Simón Marman, de 60 anos, e Norberto Luis Har, de 70, ambos civis e com dupla nacionalidade argentina-israelense. A ofensiva contou com bombardeios aéreos e de artilharia como manobra de distração — e deixou ao menos 100 pessoas mortas, segundo autoridades sanitárias do enclave palestino.
O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, reconheceu o uso de uma “intensa potência de fogo”, afirmando que ela foi necessária para realizar “uma complexa operação de resgate no coração da cidade de Rafah”. O local, que faz fronteira com o Egito, tem sido apontado como próximo alvo de Israel, embora grupos de ajuda, as Nações Unidas e os Estados Unidos alertem que os civis que estão lá não têm para onde ir. Até o momento, Cairo se recusou a recolher refugiados palestinos.
A operação desta segunda-feira representa um sucesso incomum em um momento de dúvidas internas sobre a estratégia bélica israelense. Em outubro, após o ataque surpresa do grupo terrorista Hamas a Israel, mais de 240 pessoas foram feitas reféns. Mas, em 129 dias de guerra, as Forças Especiais do país só haviam conseguido resgatar uma soldado. O Exército admitiu tentativas de resgate que acabaram em fracasso, e assumiu ter matado por engano ao menos quatro sequestrados, três deles apesar das bandeiras brancas.
Cerca de 100 reféns foram soltos durante uma trégua de sete dias em novembro. Segundo o New York Times, oficiais de inteligência israelenses concluíram que ao menos 30 dos 136 reféns restantes morreram desde o início da guerra. Nesse cenário, as famílias dos sequestrados têm pressionado Israel para priorizar as negociações para a libertação deles. Na semana passada, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeitou a última proposta do Hamas para uma pausa nos combates que permitiria a libertação de alguns reféns.
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