Variedades
Jornal do Grupo Globo diz que Beija-Flor apresentou "samba fraco" e não superou maldição de domingo
Em um desfile marcado pela expectativa, a Beija-Flor de Nilópolis enfrentou desafios que impactaram seu desempenho na primeira noite de desfiles do Grupo Especial, neste domingo, conforme relatado pelo jornalista Bernardo Araujo para o jornal carioca Extra.
Conhecida por suas apresentações poderosas, a escola não conseguiu superar a chamada "Maldição de Domingo" — um fenômeno que parece afetar as agremiações que desfilam no primeiro dia, especialmente as primeiras a entrar na Avenida.
A Beija-Flor, que foi a segunda escola a desfilar, apresentou o enredo sobre a figura lendária de Benedito, conhecido como Rás Gonguila, em Maceió. No entanto, a escola parece ter sido prejudicada por um samba considerado fraco, que não conseguiu empolgar nem sustentar a energia ao longo do desfile. Tradicionalmente, a força da Beija-Flor reside na intensidade de sua bateria, na performance carismática de seu intérprete Neguinho da Beija-Flor e na garra de seus componentes, mas, desta vez, esses elementos não foram suficientes para garantir o sucesso habitual.
Apesar dos esforços do carnavalesco João Vitor Araújo, estreando pela escola com fantasias elaboradas e alegorias grandiosas — características típicas da Beija-Flor —, o desfile teve momentos em que a empolgação pareceu esmorecer. As fantasias, descritas como "bonitinhas", não trouxeram a usual dose de ousadia de Nilópolis, levando a apresentação a parecer mais uma formalidade do que uma celebração vibrante. A situação foi simbolizada pela avaria no penúltimo carro alegórico, um incidente que, de certa forma, encapsulou a noite desafiadora para a escola.
Essa análise aponta para uma Beija-Flor que, apesar de manter alguns de seus traços distintivos — com a qualidade de suas fantasias e a grandiosidade de suas alegorias —, enfrentou um revés significativo devido ao repertório musical escolhido e à pressão inerente ao desfilar no primeiro dia do carnaval. O resultado foi um desfile que, embora tecnicamente competente, não conseguiu capturar a energia e o espírito que normalmente são associados à Deusa da Passarela.
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