Economia
Bem-vindos ao Japão, fãs de Taylor Swift. Por favor, permaneçam sentados nos shows
Japoneses se irritam com comportamentos de estrangeiros em shows da cantora pop

A mania Taylor chegou a Tóquio. Mas o entusiasmo de alguns dos Swifties que chegaram com ela entrou em conflito com a cultura local.
Milhares de visitantes de toda a Ásia e de outros lugares inundaram a capital do Japão enquanto Taylor Swift se apresentava no Tokyo Dome por quatro noites esta semana. O problema, na visão de alguns frequentadores de shows por lá, é que esses fãs estrangeiros não têm o mesmo comportamento contido dos japoneses ao assistir a um show.
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Em uma postagem na plataforma X , antigo Twitter, um japonês portador de um ingresso VIP escreveu que mesmo pagando 130 mil ienes – cerca de US$ 870 – e estando sentado na terceira fila não garantia uma visão clara, já que os fãs estrangeiros tanto se levantaram, quanto correram para frente.
“É muito triste”, dizia o post. “É uma loucura porque, se você seguir as regras, talvez não consiga assistir ao show”.
Embora os japoneses sejam elogiados no exterior pelo seu comportamento imaculado em partidas de futebol e outros eventos esportivos, seus padrões exigentes em casa podem torná-los hostis aos visitantes.
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Outra postagem no X , acompanhada por um pequeno vídeo de membros da plateia erguendo seus celulares para capturar a cena no palco, reclamava que “havia muitos estrangeiros que não respeitavam as boas maneiras”.
As reclamações são, de certa forma, um microcosmo da recepção mista do Japão aos turistas internacionais que ajudaram a restaurar a economia do país, a terceira maior do mundo, após a pandemia. Mais de 25 milhões de pessoas visitaram o Japão no ano passado, de acordo com a Organização Nacional de Turismo do Japão, quase 80% do número que visitou em 2019.
Porém, enquanto o número de visitantes vem se recuperando, o primeiro-ministro Fumio Kishida se preocupa que "a aglomeração excessiva e a falta de etiqueta dos visitantes" possam afetar a vida dos residentes locais.
Sem visão na área VIP
A etiqueta japonesa estava na mente da terapeuta ocupacional Chiharu Nakayoshi, de 31anos, quando ela compareceu ao show de Swift na quarta-feira. Ela disse que seu prazer com a apresentação foi prejudicado pelo comportamento dos espectadores estrangeiros que deixaram seus assentos designados e bloquearam sua visão na área VIP.
“Comprei o ingresso mais caro porque pensei que seria uma rara oportunidade de ver Taylor em sua forma mais gloriosa”, escreveu Nakayoshi no X. “Mas quando chegou o dia, foi uma bagunça”.
Outros fãs japoneses apontaram nas redes sociais que os espectadores domésticos também poderiam se comportar mal, citando um festival de música de verão ao ar livre em Osaka, no qual os fãs apalparam os seios de uma cantora no palco.
Uma postagem caracterizou a “discriminação contra estrangeiros” vindo a Tóquio para ver Taylor Swift como “realmente nojenta”.
Conexão de Swifties
Para muitos dos visitantes internacionais, grande parte da China, do Sudeste Asiático ou dos Estados Unidos, os concertos foram uma experiência de conexão.
Milhares de Swifties chineses se juntaram a grupos de mensagens do WeChat para trocar dicas sobre como conseguir ingressos, formar caronas para viajar fora de Tóquio e oferecer sugestões de compras, disse o administrador Yuqing Mai, de 23 anos. Trabalhando no Canadá, aproveitou a viagem para ver o primeiro show da cantora em Tóquio, na quarta-feira, e depois seguiu para a China, a fim de visitar a família durante a comemoração do Ano Novo Lunar.
Mai disse que conhecia pelo menos oito grupos WeChat com 500 membros cada, dedicados aos Swifties que viajavam para o Japão. Ela disse que muitos fãs expressaram interesse em viajar para outras partes do Japão enquanto estivessem no país para os shows.
“Muitos fãs estão chegando ao Japão mais cedo ou ficando mais alguns dias depois”, escreveu ela por e-mail.
Com esses espectadores reservando hotéis e viagens paralelas para Kyoto ou outros destinos, os shows de quatro noites de Swift em Tóquio poderiam ser lucrativos para a indústria do turismo nacional.
Mariel Milner, 32, diretora de estratégia de comunicação de uma agência de publicidade em Nova York, e Lindsay Milner Katz, 31, diretora de vendas de uma empresa de mídia de Nova York, disseram que inicialmente não planejavam visitar a irmã, Dianne Milner, que trabalha em Tóquio como advogada neste ano. Porém, quando Dianne conseguiu garantir três ingressos VIP para uma das datas de Tóquio por cerca de US$ 350 cada – com a taxa de câmbio favorável, ou seja, muito mais barato do que esses assentos poderiam custar nos Estados Unidos –, as irmãs decidiram reservar voos para Japão.
Turismo de Taylor
A empolgação de ter Taylor Swift em Tóquio gerou curiosidade sobre o que a própria estrela estaria fazendo durante seu tempo no Japão.
Kiyoshi Kawasaki, dono da Turret Coffee no bairro de Tsukiji, em Tóquio, disse que a Taylor Swift visitou sua loja na segunda-feira, mas que não tinha certeza de quem era até ver fotos na edição japonesa da Vogue.
Kawasaki disse que poderia jurar que Swift estava na fila para tomar um café com Selena Gomez, também estrela pop, além de Brittany Mahomes, cujo marido, Patrick Mahomes, é companheiro de equipe do namorado de Swift, Travis Kelce.
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